O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), voltou a ser internado no Hospital DFStar, em Brasília, no domingo, 2º, após um mal-estar. A equipe médica informou que o quadro de saúde dele é estável, mas não há previsão de alta.
Fischer precisou ser submetido a uma cirurgia de urgência na semana passada após dar entrada na unidade de saúde com obstrução intestinal ocasionada por uma hérnia interna.
"Após avaliação e realização de exames, a equipe médica constatou tratar-se de uma intercorrência comum em pós-operatórios", diz boletim médico assinado pelo cardiologista Fabrício da Silva e pelo cirurgião Pedro Henrique Loretti.
Decano na Corte, Fischer é responsável pelos processos oriundos da Operação Lava Jato e, recentemente, foi definido relator do habeas corpus do ex-assessor Fabrício Queiroz. Com isso, pode rever a decisão de plantão do presidente do STJ, ministro João Otávio de Noronha, que concedeu prisão domiciliar ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro em razão da pandemia do novo coronavírus.
Nesta segunda, 3, a Procuradoria-Geral da República solicitou à Corte o restabelecimento da prisão do PM reformado e da mulher dele, Márcia Aguiar. No documento, o subprocurador-geral Roberto Thomé defende que o retorno dos investigados à prisão é necessário para 'resgatar a dignidade da função jurisdicional e o respeito devido às decisões prolatadas por juízos competentes e o bom nome e conceito da Justiça'. O pedido só deve ser apreciado depois que Fischer voltar ao trabalho.
Em julho do ano passado, o ministro já havia se afastado do STJ para tratar de uma embolia pulmonar. Ele voltou ao trabalho em março.
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