(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas INVESTIGAÇÃO DAS RACHADINHAS

Flávio Bolsonaro diz 'não se lembrar' de ter pago apartamento com dinheiro vivo

Afirmação foi feita pelo senador em depoimento ao Ministério Público; informações são do jornal O Globo


13/08/2020 11:35 - atualizado 13/08/2020 11:49

Flávio Bolsonaro, senador e filho do presidente(foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Flávio Bolsonaro, senador e filho do presidente (foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), no âmbito da investigação da "rachadinha", o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse "não se lembrar de ter feito o pagamento em espécie" para aquisição de dois apartamentos em Copacabana em 2012. As informações são do jornal "O Globo".

Os promotores concluíram que, no mesmo dia em que a compra de R$ 310 mil foi registrada em cartório, o vendedor dos apartamentos efetuou um depósito de R$ 638 mil em dinheiro vivo em um banco próximo ao cartório onde a venda foi oficializada. Para o MP, a venda foi registrada em valores inferiores aos realmente negociados, e o pagamento em espécie foi feito no momento da escritura e com dinheiro oriundo do esquema das rachadinhas.

Questionado sobre a movimentação suspeita, Flávio disse que "não se recorda". "Se eu não me engano, foi por transferência bancária esse sinal. Cheques. E, no dia, eu paguei as duas salas junto com a minha esposa, no próprio cartório", afirmou.

Oficiais do MP ainda questionaram se houve algum encontro em agência bancária para realização dos pagamentos e o senador novamente disse que não se lembrava. Disse também que não sabia que o vendedor dos apartamentos havia feito um depósito de R$ 638 mil em dinheiro vivo no dia da venda dos imóveis. "Se o cara tinha esse perfil, certamente não devia estar fazendo só isso, né?", argumentou.

O vendedor do apartamento era o americano Glenn Dillard, que negociou em nome dos reais proprietários, Charles Eldering e Paul Maitino. O pagamento aconteceu em duas etapas: Flávio e Fernanda Bolsonaro pagaram um sinal de R$ 100 mil em dois cheques em 6 de novembro de 2012; no dia 27 daquele mesmo mês, foram entregues mais dois cheques, que somavam R$ 210 mil, para totalizar o valor da venda no momento da assinatura da escritura, em cartório no Centro do Rio.

Os investigadores relataram ainda que Dillard não fez outras transações imobiliárias naquele semestre além dos R$ 638 mil depositados em espécie. Um ano após a compra, Flávio revendeu os imóveis por R$ 813 mil. 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)