O presidente Jair Bolsonaro participou na manhã desta sexta-feira, 14, de cerimônia no Rio ao lado do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). Os dois vêm se aproximando há meses - o mandatário carioca busca o apoio presidencial na sua tentativa de reeleição em novembro. Na inauguração de uma escola cívico-militar na zona norte da cidade, os dois trocaram acenos. Bolsonaro não falou com a imprensa.
Ele chegou ao local por volta das 9h10 ao lado de Crivella e do vereador carioca Carlos Bolsonaro, seu filho "02", que se filiou neste ano ao partido do prefeito. Também estavam presentes os ministros Milton Ribeiro, da Educação, Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, além de deputados bolsonaristas.
Ao comemorar a entrega da obra da escola, Bolsonaro falou que quer formar bons profissionais, não "um bom militante político". Ele fez ainda uma crítica ao que considera um predomínio de programas sociais. "Queremos resgatar os pobres, e não é só através de programa social, que em grande parte não resgata. É dando conhecimento", disse. "Programas sociais são bem-vindos, mas o que liberta o homem e a mulher é o conhecimento."
Bolsonaro recebeu de Crivella a medalha Zenóbio da Costa, uma honraria da Guarda Municipal do Rio. Quando o prefeito começou a discursar, um homem vizinho ao prédio, também por meio de um microfone, o chamou de Judas. "Crivella, você é um Judas. A praia é do povo; a praia é do carioca, Crivella." O mesmo homem colocou uma música pró-Bolsonaro, do falecido MC Reaça, para tocar na caixa de som.
As autoridades estranharam a intervenção, e Crivella respondeu com "Tá bom, tá bom", antes de elogiar Bolsonaro e atacar a imprensa. "Eu vi o presidente chegar à Presidência sem essa mídia facciosa, essa mídia inimiga do povo brasileiro", afirmou.
Nesta manhã, pesquisa Datafolha mostrou que o presidente está com a maior aprovação desde que assumiu o mandato: 37% consideram o governo ótimo ou bom, segundo o levantamento. Bolsonaro não comentou os dados.
POLÍTICA