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Estado de Minas REAJUSTE DOS SERVIDORES

Câmara mantém veto de Bolsonaro que proíbe reajuste de salário a servidores públicos

Com o resultado da votação, lei que trata do pacote de ajuda de R$ 125 bilhões a estados e municípios na pandemia permanece com a redação que foi sancionada pelo presidente


20/08/2020 20:15 - atualizado 20/08/2020 20:40

Por 316 votos a 165, a Câmara dos Deputados manteve o veto do presidente Jair Bolsonaro(foto: José Cruz/Agência Brasil)
Por 316 votos a 165, a Câmara dos Deputados manteve o veto do presidente Jair Bolsonaro (foto: José Cruz/Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados votou, nesta quinta-feira, pela manutenção do veto do presidente Jair Bolsonaro à concessão de reajustes salariais até 2021 a servidores públicos que atuam no combate à pandemia COVID-19.

Nessa quarta, o Senado havia decidido derrubar veto do presidente ao trecho da Lei Complementar nº 173/2020. Contudo, para que a queda do veto fosse mantida, era necessário que a Câmara acompanhasse a decisão, o que não aconteceu.

A manutenção do veto impede o aumento de salários de quaisquer categorias de servidores públicos (federais, estaduais e municipais) até o final de 2021.


A proibição de reajuste para o funcionalismo público foi uma contrapartida do Governo Federal para repassar R$ 120 bilhões aos estados e municípios, em maio, como forma de diminuir o impacto da crise gerada pela pandemia no país.

A decisão da Câmara é fundamental para a meta da equipe econômica do governo de economizar R$ 130 bilhões dos cofres públicos durante o período de congelamento de salários.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a despeito de uma série de divergências com Bolsonaro, foi um dos principais responsáveis pela articulação que permitiu a manutenção do veto presidencial.

Após a derrota do governo no Senado, ele e parlamentares do Centrão foram acionados pelo Planalto para tentar reverter o resultado negativo.

Entenda o caso

No primeiro semestre do ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, negociou com o Congresso um pacote de socorro financeiro a estados e municípios, no valor de R$ 120 bilhões, para tentar conter os impactos causados pela pandemia da COVID-19.


Como contrapartida, o Governo pediu que os salários de servidores públicos fossem congelados até o fim do próximo ano.

Porém, com o aval de Bolsonaro, o então líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), articulou uma brecha para permitir que categorias que estivessem atuando diretamente no combate à pandemia pudessem ter aumento de salário.


Entre as classes beneficiadas estariam civis e militares, como professores, médicos, enfermeiros, profissionais de limpeza urbana, agentes funerários, policiais e as Forças Armadas.


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