O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer na tarde desta sexta-feira (21) que prorrogará o pagamento do auxílio emergencial até dezembro. No entanto, o chefe do Executivo disse que ainda não sabe qual será o valor praticado, que deverá ficar entre R$ 250 e R$ 400.
“Quando estávamos perdendo tudo com a pandemia, nós começamos a reagir. O auxílio emergencial foi bem vindo mas ele custa R$ 50 bilhões por ano", disse o chefe do Executivo, para depois corrigir que o montante de R$ 50 bilhões é mensal, e não anual.
Bolsonaro prosseguiu: "Infelizmente, não pode ser definitivo, mas vamos continuar com ele mesmo que seja com valores diferentes até que a economia realmente possa pegar em nosso país. A maior dignidade que podemos ter nesta terra é um emprego razoável. É isso que buscamos para todos vocês. É isso que queremos para o Brasil”.
Ele evitou criar expectativa sobre nova prorrogação após esta que será feita agora: “Vai ser até dezembro. Só não sei o valor. Enquanto for possível, nós o manteremos. Mas vocês comecem a ter consciência que ele não pode ser eterno”.
Leia Mais
Bolsonaro ''empresta'' fama para IpatingaBolsonaro anuncia revogação de norma que inibia posse de arma de fogoBolsonaro diz que com reajuste a servidores será impossível governar o paísBolsonaro diz que valor do auxílio emergencial deve ser definido até sextaGoverno deve anunciar novos programas sociais e de investimentosDe camisa do Cruzeiro, Bolsonaro posa com pré-candidato à Prefeitura de BHAgências da Caixa abrem neste sábado para saque de benefício e de FGTSUm dia após vencer bolsonarista na Justiça, Felipe Neto anuncia nova ação contra mesmo alvoBolsonaro agradece Congresso por manutenção de veto: ''Sócios''Na quarta-feira (19), o presidente já havia afirmado que o auxílio emergencial seria prorrogado até o final do ano. O valor, no entanto, será menor do que os R$ 600 já pagos.
Na data, o chefe do Executivo justificou que o atual valor do auxílio custa aos cofres públicos mais de R$ 50 bilhões mensais. Em referência ao ministro Paulo Guedes, o presidente apontou que “alguém na equipe econômica” sugeriu R$ 200, quantia que Bolsonaro considera pouco, apesar de ter elencado o mesmo valor quando a medida foi aventada.
Bolsonaro completou dizendo que é possível chegar a um “meio termo”. “Então R$ 600 é muito, o Paulo Guedes, alguém da economia falou em R$ 200, eu acho que é pouco. Mas dá pra chegar em um meio termo e nós buscarmos que seja prorrogado por mais alguns meses, talvez até o final do ano de modo que consigamos sair dessa situação e fazendo com que os empregos e formais e informais voltem à normalidade”, declarou.
Nas últimas semanas, Bolsonaro tem criticado a prorrogação do pagamento do auxílio. Ao mesmo tempo, o programa é o que mais eleva sua popularidade.
Demagogia
No dia 13, o presidente alfinetou os governadores e parlamentares que defendem a prorrogação do auxílio emergencial. De acordo com Bolsonaro, aqueles que defendem a ideia do pagamento indefinido do auxílio fazem “demagogia”.
O tempo de duração previsto para o benefício era de três meses, que acabaram sendo prorrogados por mais dois. A proposta inicial de valores sugerida por Bolsonaro era de R$ 200, quantia que chegou a R$ 500 no Congresso e acrescida de mais R$ 100 pelo governo.
Viagens pelo Brasil
De olho na reeleição e surfando na alta na popularidade em pesquisas justificada pelo auxílio emergencial, Bolsonaro intensificou sua agenda de viagens pelo país.
Com a visita ao Rio Grande do Norte, é a terceira vez que o mandatário visita o Nordeste em 20 dias.
Ainda nesta sexta-feira, em um vídeo postado pelo chefe do Executivo nas redes sociais, em meio a aglomeração e sem máscara, Bolsonaro acena e cumprimenta com apertos de mãos apoiadores que o receberam ao som de "mito" no aeroporto.
O plano do presidente é se aproximar da população e entregar obras pelo país. O mandatário visa também conquistar o eleitorado petista que o rejeitou nas últimas eleições.