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'Deixa isso pra lá', afirma Mourão sobre ataques de Bolsonaro à imprensa

Declaração do vice-presidente foi dada na manhã desta segunda-feira (24), no Palácio do Planalto; no domingo, o presidente ameaçou um repórter ao dizer que estava com vontade de 'encher a boca' dele de porrada


24/08/2020 14:56 - atualizado 24/08/2020 15:28

Vice-presidente da República Hamilton Mourão (PRTB)(foto: Agência Brasil/Reprodução)
Vice-presidente da República Hamilton Mourão (PRTB) (foto: Agência Brasil/Reprodução)
Ao ser questionado sobre as falas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a imprensa, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que é melhor “deixar isso pra lá”. A declaração de Mourão foi dada na manhã desta segunda-feira (24) no Palácio do Planalto.
“Coisas pessoais do presidente, não competem a mim, como vice-presidente dele, tecer comentários. Eu não comento essas coisas. Eu não estava junto, não sei... Deixa pra lá isso aí”, afirmou. 

No último domingo, Bolsonaro ameaçou um repórter ao dizer que estava com vontade de “encher a boca” dele de porrada. O presidente se irritou ao ser questionado sobre os depósitos feitos por Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O presidente afirmou também que o repórter era “safado”. 

Na manhã de hoje, o presidente  voltou a ofender profissionais de imprensa. O fato ocorreu em um evento, no Palácio do Planalto, voltado para médicos que receitam hidroxicloroquina para pacientes com COVID-19. Bolsonaro disse que jornalista ‘bundão’ tem menos chance de sobreviver ao coronavírus do que ele próprio.

A frase “Presidente Jair Bolsonaro, por que Michelle recebeu R$ 89 mil de Queiroz e esposa?” acabou ficando entre os assuntos mais falados no Twitter na noite de domingo. 

Entenda

Como foi noticiado pela revista Crusoé, a quebra de sigilo bancário de Queiroz mostrou que ele depositou R$ 72 mil na conta da primeira-dama entre 2011 e 2018. Sua mulher, Márcia de Aguiar, depositou mais R$ 17 mil. No total, R$ 89 mil. 

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), aponta o ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) como operador de um esquema de “rachadinhas” orquestrado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). 

*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz


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