Em suas lives que ocorrem normalmente às quintas-feiras, o presidente Jair Bolsonaro aparece ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, para analisar a situação do Brasil. Nesta noite, porém, ele optou por fazer a transmissão ao lado da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
A mudança repentina partiu do próprio presidente da República. Ambos se falaram antes de desmarcar o encontro e quiseram evitar que a transmissão tivesse um caráter político apenas para sinalizar que o clima estivesse bom entre os eles.
Nesta semana, eles tiveram atrito em relação ao programa Renda Brasil, benefício semelhante ao atual Bolsa Família, que deve oferecer pagamento de R$ 250 a R$ 300 aos cidadãos de baixa renda.
O presidente disse que não mandará ao Congresso Nacional o projeto do ministro da Economia de enviar os recursos do abono salarial do Pis/Pasep para o novo programa - ele disse não ter gostado da proposta de Guedes e deu prazo até esta sexta-feira para apresentar nova ideia em relação ao programa.
O abono, para quem ganha até dois salários mínimos, representaria um décimo-quarto salário. Não podemos tirar isso de 12 milhões de pessoas para dar para um programa Bolsa Família ou Renda Brasil, seja lá o que for o nome desse novo programa. Ou o Brasil começa a produzir, começa realmente fazer um plano que interessa a todos nós, que é o melhor programa social que existe, o emprego, ou estamos fadados ao insucesso", afirmou Bolsonaro.
A intenção de Guedes era lançar o Renda Brasil no segundo semestre, mas a proposta tem de ir à votação no Congresso por meio de uma medida provisória.
Guedes protende colocar fim a outros programas para poder ampliar valor e número de pessoas que recebem o Bolsa Família, sem furar o teto de gastos.