O presidente Jair Bolsonaro relembrou na tarde desta terça-feira (1/09) o episódio da facada em Juiz de Fora, em 2018. Se referindo ao ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, declarou que deveria ter “escolhido melhor” o comandante da pasta ao sugerir que o ex-juiz atrapalhou a investigação do caso. A declaração ocorreu durante homenagem póstuma ao músico paraibano, Pinto do Acordeon, no Palácio do Planalto.
“Aconteceu uma passagem esquisita né e eu acho que essa investigação poderia ter chegado ao fim se eu tivesse escolhido melhor um ministro meu que, lamentavelmente, não se comportou como aquilo que toda a população sabia ou esperava dele se comportar. Aconteceu o 6 de setembro. Eu vejo a filha do Mário [Frias], 9 anos, tem a idade da minha filha, eu sempre pedi a Deus enquanto estava no hospital para não deixá-la órfã. Era a coisa mais importante da minha vida no hospital”, contou, falando da filha Laura.
No momento em que tocou o jingle de quando era candidato, composta pelo artista homenageado, Bolsonaro chorou e em seguida fez um discurso, ainda emocionado. O presidente falou sobre a trajetória à presidência e afirmou que o cargo “não é para qualquer um”: “Não queiram a minha cadeira”, emendou falando sobre as dificuldades.
“Aconteceu, vencemos as eleições. No meu entender não existe outra explicação: é a mão de Deus. E só Deus sabe o que eu já passei e passo dentro dessa sala aqui. Não queira a minha cadeira. Com todo respeito, não sou o super-homem, mas não é para qualquer um. Tem que estar muito bem preparado psicologicamente, ter couro duro e ver como alguns zombam da nossa nação. Se tivesse uma filmadora, um microfone ali dentro dariam várias horas de um capítulo que eu acho que mudaria o destino da nossa nação. Mas a gente vai fazendo a nossa parte”, concluiu.