Jornal Estado de Minas

Ajuste fiscal

Quatro anos depois do impeachment, Dilma Rousseff faz ''mea culpa''


Um dia depois de o país apresentar uma queda recorde do PIB, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, pela primeira vez de público, que a escolha do economista Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda  ‘foi um equívoco’. “ Ele não estava à altura do momento, foi um equívoco meu”, afirmou a ex-presidente em entrevista ao vivo, nesta quarta-feira (2), ao jornalista Joaquim de Carvalho, do Diário do centro do Mundo.





Dilma fez essa ”mea culpa” ao comentar as dificuldades fiscais do governo Bolsonaro,  evidenciada com a proposta orçamentária para 2021 enviada ao Congresso. Dilma também se viu às voltas com um rombo nas contas públicas, em especial no seu segundo mandato, fato que motivou a nomeação de Levy para o Ministério da Fazenda, cargo equivalente ao hoje ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.

Dilma disse também que a escolha de Levy – alvo de muitas críticas  inclusive nas hostes petistas-, não foi aleatória. A ex-presidente afirmou que o ex-ministro da Fazenda - que também cargo de ex-presidente do BNDES no governo Bolsonaro -, “ não era uma pessoa fora do contexto”.

Dilma disse que já conhecia o ex-ministro e considerou, na audiência que concedeu a Levy para fazer o convite para assumir o ministério, o ‘’o mais adequado’’ para empreender as medidas fiscais propostas pelo governo dela no segundo mandato, iniciado em 2015 e interrompido em 31 de agosto de 2016, com o afastamento em definitivo pelo impeachment votado pelo Senado.  

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