A Procuradoria Geral da República (PGR) defendeu, nesta quarta-feira (2/9), que Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL), volte para a prisão, com a esposa, Márcia Aguiar. Ambos estão em detenção domiciliar por ordem do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em ação apresentada na Corte, a procuradoria defende que ambos podem responder ao processo encarcerados e que não existe risco à saúde de ambos, como alegado pelas defesas para obter o regime domiciliar. O caso tramita em sigilo. Queiroz e a esposa são acusados de envolvimento em um suposto esquema de rachadinha montado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O parecer da PGR é assinado pelo subprocurador-geral da República Alcides Martins. O ministro Gilmar Mendes pode levar o caso para a Segunda Turma da Corte. O esquema de corrupção teria sido montado no gabinete de Flávio quando ele era deputado estadual.
O parlamentar também é investigado. As diligências tiveram início quando as autoridades identificaram movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz.
Queiroz chegou a ser encaminhado ao Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio, em 18 junho, mas solto menos de um mês depois, em 10 de julho, sob o argumento de limitações de saúde – que poderiam ser agravadas em caso de infecção pelo novo coronavírus.