A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) utilizou o Twitter, neste sábado (5), para atacar o humorista Marcelo Adnet, do Grupo Globo. O comediante produziu um vídeo parodiando a atuação do secretário especial de Cultura, Mário Frias, em gravação sobre heróis da história brasileira. As piadas de Adnet geraram irritação no Palácio do Planalto.
O perfil da secretaria de Comunicação, comandada por Fábio Wajngarten, citou trecho da paródia, publicada por Adnet, e disparou:
“Erramos. Acreditamos que seria possível unir todo o país em torno de bons valores e de bons exemplos. Afinal, ninguém é contra a bondade, o amor ao próximo, o sacrifício por inocentes, certo? Errado! Infelizmente, há quem prefira parodiar o bem e fazer pouco dos brasileiros.”
Leia Mais
Governo revoga portaria que transferiu R$ 83,9 milhões do Bolsa Família para SecomPor homenagem a Curió, grupo de mulheres pede direito de resposta à SecomCPMI das fake News quer explicações da Secom sobre relatórios de redes sociaisCarlos Bolsonaro ocultou cofre em banco ao prestar contas eleitorais em 2008, diz jornalApós ameaçar deputado, Mário Frias será denunciado à Comissão de Ética da PresidênciaIronizado por deputado, Mário Frias, secretário de Bolsonaro, ameaça: 'Cuidado com a PF'Mário Frias sobre paródia de Marcelo Adnet: 'Bobão'Ministro do STJ converte prisão de Pastor Everaldo de temporária para preventivaProcuradora acusa Lava Jato SP de concentrar distribuição de processosABI compara decisão de proibir Globo de exibir caso Queiroz à ditaduraQueiroz, vale lembrar, está no centro, também, de polêmica que envolve Michelle Bolsonaro, esposa de Jair. Ele é investigado por ter depositado, na conta dela, cheques que somam R$ 89 mil.
No fim de agosto, ao ser perguntado sobre o tema por um jornalista, o presidente ameaçou agredir o profissional.
Adnet rebate
O humorista global não deixou barato e respondeu o tuíte feito pela Secom. “Se elegeram sob a bandeira do fim do mimimi e do politicamente correto, mas não aguentam uma sátira e vêm chorar em perfil oficial! A crítica não é ao povo, não força a barra. É ao governo federal, que em vez de trabalhar prefere perseguir seus próprios cidadãos”, postou.