Em vídeo divulgado em sua página no Facebook, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometeu que vai lutar pelo desenvolvimento da Amazônia, exaltando o Dia da floresta tropical, comemorado neste sábado (5). Ele aparece na postagem ao lado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do deputado federal Frederico D'Ávila (PSL-SP) na passagem por São Paulo, durante visita às obras do aeroporto de Congonhas.
Bolsonaro diz que o “Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente no mundo", sem, no entanto, apresentar dados para comprovar isso.
Bolsonaro diz que o “Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente no mundo", sem, no entanto, apresentar dados para comprovar isso.
"O Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente. A Amazônia é nossa e nós vamos desenvolvê-la. Afinal de contas, lá existem mais de 20 milhões de brasileiros que não podem ficar desamparados. Parabéns a todos pelo Dia da nossa Amazônia. Amazônia cada vez mais brasileira", afirmou o presidente.
Ricardo Salles seguiu o tom do discurso do presidente e exaltou o trabalho feito por Bolsonaro na área: “O seu governo valoriza o cuidado com as pessoas da Amazônia, com o meio ambiente da Amazônia. E para isso as medidas importantes que o senhor tem apoiado de valorização das pessoas, do meio ambiente, da regularização fundiária, do zoneamento econômico e ecológico, a bioeconomia, e o pagamento pelos serviços ambientais no programa Floresta Mais", afirmou o ministro.
O seu governo valoriza o cuidado com as pessoas da Amazônia. E para isso as medidas importantes que o senhor tem apoiado de valorização das pessoas, do meio ambiente, da regularização fundiária, do zoneamento econômico e ecológico, a bioeconomia, e o pagamento pelos serviços ambientais no programa Floresta Mais
Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente
Os discursos de Bolsonaro e de Salles no vídeo contradizem com a afirmação feita pelo vice-presidente Hamilton Mourão nesta sexta-feira (4). Ele admitiu que o governo demorou a agir contra o desmatamento na região neste ano.
Pela falta de pessoal nos órgãos fiscalizadores, a União tem usado militares para ajudar na contenção de queimadas e do desmatamento ilegal.
Devastação na Amazônia
A Amazônia fechou o mês de agosto com o segundo pior índice de queimadas nos últimos 10 anos.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 29.307 focos de calor no mês passado, volume bem acima da média histórica de 26 mil focos para este mês e apenas 5% inferior aos alarmantes 30.900 registrados no mesmo mês de 2019.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 29.307 focos de calor no mês passado, volume bem acima da média histórica de 26 mil focos para este mês e apenas 5% inferior aos alarmantes 30.900 registrados no mesmo mês de 2019.