A tradicional manifestação da esquerda de 7 de setembro, batizada de Grito dos Excluídos, ocupou o canteiro central da Esplanada dos Ministérios. Diferentes grupos de partidos da oposição e representantes de movimentos LGBTQ+, indígena, feminista e negro fizeram performances para chamar a atenção para as pautas dos movimentos.
Cerca de 200 manifestantes inflaram um boneco do presidente da República, Jair Bolsonaro, com as mãos cobertas de sangue, um grupo de terno e máscaras da ratos rasgava réplicas da Constituição, mulheres com as mãos pintadas de vermelho chamavam atenção para a violência de gênero e o estudante universitário Daniel Pereira, 23, interpretou um Cristo de pele negra, crivado de balas.
Daniel compunha, com uma manifestante, uma representação da Pietà, escultura sacra de Michelangelo. O rapaz ficava ao lado da mulher que representava Maria enquanto um representante de cada um dos grupos assumia a posição de um Jesus morto no colo da santa.
À reportagem, Daniel disse que se manifestou contra o genocídio do povo negro no Brasil. "A minha performance é para que as pessoas vejam e sintam o que está acontecendo ", afirmou.