O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (8), ao falar sobre a inflação, que “ninguém vai usar caneta BIC para tabelar nada”. Ele está participando, durante esta tarde, de uma reunião no Planalto com o médico e deputado federal Osmar Terra (MDB) e um grupo chamado “Médicos Pela Vida”.
Leia Mais
Bolsonaro quer conceder isenção de pagamento de pedágios a motosBarroso: instituições estão funcionando e não impressiona retórica de BolsonaroMPF nega pedido de Flávio Bolsonaro para mudar data de acareação, diz 'JN'Ministra descarta intervenção e diz que não vai faltar alimentoBolsonaro rejeita tabelar preço e pede que lucro de alimentos seja 'próximo de zero'Bolsonaro sobre obrigatoriedade da vacina: 'Não pode amarrar o cara e dar vacina nele'Planalto monta esquema para monitorar preços dos alimentos“Aumentou, a gente sabe que aumentou, mas imagina se o pessoal do campo tivesse ficado em casa, não teríamos o que comer. Nós vamos pedir que o lucro seja perto de zero”, disse Bolsonaro.
De acordo com o presidente, outras medidas para conter a inflação estão sendo tomadas pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Agricultura, Tereza Cristina.
Inflação
De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços (IGP) registrou alta de 3,87% em agosto. A taxa é superior à observada em julho (2,34%). O indicador nacional acumula taxas de 11,13% no ano e de 15,23% em 12 meses.
A alta de julho para agosto foi puxada pelos preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, que tiveram alta de 5,44% em agosto. Em julho, a taxa de inflação havia sido de 3,14%.
"Remédio do Bolsonaro"
Na mesma reunião, Bolsonaro voltou a falar sobre hidroxicloroquina. Segundo ele, 40 mil vidas poderiam ter sido preservadas se o medicamento fosse utilizado no tratamento da COVID-19. Vale relembrar, que a cloroquina não tem eficácia comprovada.
“Pelo que tudo indica, alguns estudos, mortes poderiam ter sido evitadas em até 30%. Se for verdade, parece que sim, 30% de pouco mais de 120 mil daria quase 40 mil que poderiam ter suas vidas preservadas. Mas parece que, no Brasil, isso foi politizado. Chegaram a falar em ‘remédio do Bolsonaro’, mas nós precisávamos mostrar uma alternativa.”
*Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa
*Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa