O presidente Jair Bolsonaro declarou, nesta quinta-feira (10), que não vai interferir nos preços do arroz. Segundo o presidente, a alta do produto se deve, entre outras coisas, a um prejuízo sofrido pelos produtores há, aproximadamente, 10 anos.
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Preços de itens da cesta básica sobem até 30% em quatro meses em BH, aponta pesquisaDefensor da cloroquina, Bolsonaro se contradiz: 'Você tomaria qualquer vacina sem comprovação científica?''Vão pedir auxílio para quem tirou seu emprego', diz BolsonaroBolsonaro não poderá depôr por escrito no inquérito sobre interferência na PFBolsonaro diz que quem define na ponta da linha o Renda Brasil é Guedes e eleO argumento é o mesmo defendido pelo presidente da Federarroz (Federação das Associações dos Arrozeiros), Alexandre Velho. “Os custos de produção do arroz ficam em torno de R$45 a R$50 a saca (de 50 Kg) e, em muitos momentos, o preço pago ao produtor foi de R$30 a R$35 reais”, disse o produtor em entrevista ao Uol nessa quarta-feira.
Bolsonaro também afirmou que o auxilio emergencial movimentou a economia e fez com que a demanda – e, consequentemente, o preço – do produto aumentasse.
O presidente disse, ainda, que a alta do dólar torna o arroz brasileiro mais barato no exterior e incentiva as exportações, diminuindo a oferta do produto em território nacional.
Nessa quarta (9), a Câmara de Comércio Exterior do governo federal anunciou que vai zerar o Imposto de Importação sobre o arroz para tentar reduzir o preço nas prateleiras.
Com isso, 400 mil toneladas de arroz vindas de países fora do Mercosul entrarão no Brasil sem recolher o tributo.
A cesta básica do brasileiro ficou até 30% mais cara nos últimos dias por causa da alta dos preços do arroz, do feijão, do leite e do óleo de soja.