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Estado de Minas JUSTIFICATIVA

Bolsonaro diz que não vai tabelar arroz e justifica alta: 'Dez anos que os produtores têm prejuízo'

Presidente disse que auxilio emergencial e preço do dólar também interferiram no valor do produto nas prateleiras


10/09/2020 19:55 - atualizado 10/09/2020 22:14

Bolsonaro diz que não vai mexer no arroz(foto: Alan Santos/PR)
Bolsonaro diz que não vai mexer no arroz (foto: Alan Santos/PR)

O presidente Jair Bolsonaro declarou, nesta quinta-feira (10), que não vai interferir nos preços do arroz. Segundo o presidente, a alta do produto se deve, entre outras coisas, a um prejuízo sofrido pelos produtores há, aproximadamente, 10 anos.

“Por que aumentou o preço do arroz? Tem mais ou menos 10 anos que os rizicultores têm prejuízo no arroz. Como faz? Posso dar uma canetada e dizer que está tabelado o preço do arroz? Não pode. Se mexe no mercado e fica pior? Eu não vou interferir no mercado, tem que valer a lei da oferta e procura”, afirmou o presidente durante sua live semanal pelas redes sociais.

O argumento é o mesmo defendido pelo presidente da Federarroz (Federação das Associações dos Arrozeiros), Alexandre Velho. “Os custos de produção do arroz ficam em torno de R$45 a R$50 a saca (de 50 Kg) e, em muitos momentos, o preço pago ao produtor foi de R$30 a R$35 reais”, disse o produtor em entrevista ao Uol nessa quarta-feira.

Bolsonaro também afirmou que o auxilio emergencial movimentou a economia e fez com que a demanda – e, consequentemente, o preço – do produto aumentasse.

O presidente disse, ainda, que a alta do dólar torna o arroz brasileiro mais barato no exterior e incentiva as exportações, diminuindo a oferta do produto em território nacional.

Nessa quarta (9), a Câmara de Comércio Exterior do governo federal anunciou que vai zerar o Imposto de Importação sobre o arroz para tentar reduzir o preço nas prateleiras.

Com isso, 400 mil toneladas de arroz vindas de países fora do Mercosul entrarão no Brasil sem recolher o tributo.

A cesta básica do brasileiro ficou até 30% mais cara nos últimos dias por causa da alta dos preços do arroz, do feijão, do leite e do óleo de soja.


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