O presidente Jair Bolsonaro declarou, nesta quinta-feira (10), que não vai interferir nos preços do arroz. Segundo o presidente, a alta do produto se deve, entre outras coisas, a um prejuízo sofrido pelos produtores há, aproximadamente, 10 anos.
“Por que aumentou o preço do arroz? Tem mais ou menos 10 anos que os rizicultores têm prejuízo no arroz. Como faz? Posso dar uma canetada e dizer que está tabelado o preço do arroz? Não pode. Se mexe no mercado e fica pior? Eu não vou interferir no mercado, tem que valer a lei da oferta e procura”, afirmou o presidente durante sua O argumento é o mesmo defendido pelo presidente da Federarroz (Federação das Associações dos Arrozeiros), Alexandre Velho. “Os custos de produção do arroz ficam em torno de R$45 a R$50 a saca (de 50 Kg) e, em muitos momentos, o preço pago ao produtor foi de R$30 a R$35 reais”, disse o produtor em entrevista ao Uol nessa quarta-feira.
Bolsonaro também afirmou que o auxilio emergencial movimentou a economia e fez com que a demanda – e, consequentemente, o preço – do produto aumentasse.
O presidente disse, ainda, que a alta do dólar torna o arroz brasileiro mais barato no exterior e incentiva as exportações, diminuindo a oferta do produto em território nacional.
Nessa quarta (9), a Câmara de Comércio Exterior do governo federal anunciou que vai zerar o Imposto de Importação sobre o arroz para tentar reduzir o preço nas prateleiras.
Com isso, 400 mil toneladas de arroz vindas de países fora do Mercosul entrarão no Brasil sem recolher o tributo.
A cesta básica do brasileiro ficou até 30% mais cara nos últimos dias por causa da alta dos preços do arroz, do feijão, do leite e do óleo de soja.