O Ministério Público Federal (MPF) investiga possíveis violações de medidas sanitárias em evento realizado na sexta-feira, 11, em Fortaleza (CE), com a presença do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, e da ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
Segundo o órgão, a apuração começou após a vigilância sanitária autuar uma universidade que recebeu os ministros em cerimônia do programa "Ações de Educação em Saúde em Defesa da Vida", do governo federal.
Leia Mais
Com apoio de Marta, Bruno Covas é oficializado candidato do PSDB à reeleiçãoPSL confirma atual prefeita à reeleição em Sorocaba e faz aliança com PSB e MDBPTB volta a disputar Prefeitura de SP após 24 anos com ex-presidente da OABTCU investiga repasse feito por Damares, sem licitação, a empresa investigada por lavagem de dinheiroDamares pede suspensão do filme 'Cuties' e acusa Netflix de 'erotização precoce'Um segundo evento seria realizado neste sábado, 12, na Igreja Ministério Canaã, também em Fortaleza, mas o Ministério da Saúde cancelou a cerimônia para não descumprir novamente medidas locais contra a covid-19.
O ministério afirma que o governo do Ceará sabia sobre os eventos e alertou sobre proibições do decreto contra a covid-19. Até 13 de setembro estão suspensos no Estado "eventos ou atividades com risco de disseminação da covid-19". Depois dessa data, cerimônias serão autorizadas em Fortaleza sob restrições, como lotação máxima de 100 pessoas.
Procuradores da República no Ceará determinaram abertura de inquérito civil sobre a cerimônia com a presença de Damares e Pazuello. O MPF pediu informações ao governo local sobre "providências adotadas" sobre o evento.
Na cerimônia de sexta-feira, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro (Novo), minimizou o descumprimento das regras sanitárias.
"Eu louvo a Deus porque descumprimos o decreto, trazendo muitas pessoas, de máscara, para salvar vidas no Estado do Ceará, para mudar o Brasil", afirmou Pinheiro, que foi candidata ao Senado em 2018 pelo PSDB e faz oposição a Camilo Santana (PT) no Ceará.
O governador também é adversário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A ideia do projeto do governo federal é instruir profissionais e lideranças que trabalham com crianças para prevenir o suicídio e a automutilação, a gravidez na adolescência, o uso de drogas, além de combater a violência contra populações vulneráveis.
Em cerimônias feitas nesta semana, dentro do projeto, ministros e outras autoridades criticaram projeto de lei sobre plantio de maconha para produção de medicamentos e o aborto.