Em maio, a pesquisa indicava 25% de ótimo/bom para o governo. Hoje, essa avaliação está em 39%. O regular continuou estável, em 24%, e o ruim/péssimo caiu para 36%. Em maio, oscilou entre 49% e 50%.
De quebra, Sérgio Moro continua com uma nota maior do que a do presidente – apesar de sua popularidade ter caído na pesquisa deste mês.
A expectativa para o restante do mandato também melhorou. Hoje, 40% acreditam que será ótimo e bom, e 35% acreditam que será ruim e péssimo. Regular, ficou em 22%. Em maio, as expectativas eram o inverso: 48% consideravam que seria ruim e péssimo e 27% ótimo e bom.
A avaliação dos governadores, que registrava índices de ótimo e bom na faixa dos 44% em maio, hoje está em 34%, sendo 27% de ruim e péssimo e 36% de regular. O melhor período de avaliação para os governadores foi no início de abril, quando o país estava no auge do isolamento social.
Os congressistas, por sua vez, também viveram dias melhores em abril. Lá, o ótimo e bom dos congressistas chegou a 21%, a melhor desde 2018. Hoje, está em 13%. A avaliação ruim e péssimo chegou a 32% em abril e hoje está em 38%. Já o regular subiu de 42% para 44%.
Economia
A amostragem indica que o ministro da Economia, Paulo Guedes, não vive seus melhores dias: 48% dos entrevistados consideram que a economia está no caminho errado e 38% no caminho certo. Em dezembro do ano passado, 47% viam o caminho da economia como o correto e 42% consideravam o caminho errado.
Daqueles que estão empregados, 52% se mostram confiantes na perspectiva de manter o emprego, enquanto 39% consideram essa chance pequena.
Quanto à confiança de volta da renda ao patamar anterior à pandemia do novo coronavírus, as dúvidas persistem. A amostragem indica que 49% consideram que voltará ao normal e 44% acham que não.
Quanto à manutenção do auxílio emergencial até o final do ano, mas com um valor de R$ 300, 47% consideraram ótima e boa e 20% classificaram como ruim e péssima.
Pandemia
A percepção da pandemia de COVID-19 também vem mudando. Em fevereiro, 49% não estavam com medo do vírus. Hoje, são apenas 29%. O medo, entretanto, tem duas variações: 40% estão com um pouco de medo; em fevereiro eram 29%; enquanto 30% estão com muito medo; em fevereiro eram 21%.
Esses números já foram maiores. Em abril, por exemplo, 48% estavam com muito medo do vírus. Hoje, 60% acreditam que o pior passou e apenas 32% consideram que o pior ainda está por vir.
Quanto à atuação do presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia, 49% consideram ruim e péssima, 19% regular e 28% ótima e boa.
Essa percepção, porém já foi pior. Em maio, 58% achavam a atuação do presidente ruim ou péssima e 21% ótima e boa e 19% regular.
Moro versus Bolsonaro
O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro obteve neste mês sua pior avaliação na série de pesquisa XP, sinal de que a desconstrução patrocinada pelo bolsonarismo teve efeito.
Ele recebeu nota 5,7. No mês passado, era 6,5.
Jair Bolsonaro, que no mês passado registrou 4,7, neste mês aparece com 5,1. O ex-presidente Lula, que no mês passado tinha 4,3, hoje tem 4,5 – ou seja, abaixo de Bolsonaro.
Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, está no mesmo patamar de Paulo Guedes, 5,5, também acima de Bolsonaro.
Moro, ainda é, dos adversários do presidente, quem tem a nota mais alta.