O presidente Jair Bolsonaro ( sem partido) cumpriu mais uma vez, nesta quarta-feira, uma mudança implementada em seu governo para a escolha de dirigentes de instituições públicas à revelia do apoio dos servidores da corporação.
Bolsonaro nomeou por decreto o professor Carlos André Bulhões Mendes como reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A escolha, anunciada em decreto no Diário Oficial da União desta quarta-feira (16) é contrária à preferência da comunidade acadêmica da universidade gaúcha. Mendes foi apenas o terceiro nome na consulta interna da universidade.
Recentemente, Bolsonaro indicou o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, que sequer fazia parte da lista tríplice do Ministério Público Federal. Na época, a escolha, referendada pelo Senado, provocou protestos da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), que fez duras críticas.
Em nota, a entidade destacou que a decisão do presidente representa o "maior retrocesso democrático e institucional do MPF em 20 anos". Aras não faz parte da lista tríplice votada por 1.300 procuradores e subprocuradores de todo o país. É a primeira vez, em 16 anos, que o chefe do Executivo ignora o resultado do pleito interno.