Às vésperas do início oficial da campanha eleitoral na capital paulista, o prefeito Bruno Covas (PSDB) intensificou a agenda de eventos e pautas ligadas à esquerda. Candidato a reeleição, Covas esteve nesta quarta, 16, com o padre Julio Lancellotti, da Pastoral Povo da Rua, após o religioso ter sido alvo do candidato Arthur do Val (Patriota).
Foi a segunda agenda pública do prefeito com o padre em duas semanas. Ontem, ambos estiveram em uma visita ao Hospital da Bela Vista, no centro, uma unidade aberta em abril para atender pacientes do coronavírus - a unidade teve o nome alterado para Hospital Municipal Santa Dulce dos Pobres e passará a ser referência para moradores de rua.
"Se tem alguém imparcial para falar do padre Julio sou eu. Porque a todo o momento ele critica, ele cobra, ele requisita. É para mim, é para a secretária (de Direitos Humanos) Berenice (Giannella), é para o secretário (da Saúde) Edson (Aparecido), é para o governador João Doria. A todo o momento, está reclamando e criticando. Mas nunca, nesses quatro anos que estive na Prefeitura, ele reclamou alguma coisa para ele. Sempre foi lá para pedir para a população em situação de rua", disse Covas.
A defesa se deu após Lancellotti registrar um boletim ocorrência de ameaça. O padre afirma ter sido agredido verbalmente anteontem por um homem em uma moto, na zona leste. Segundo Lancellotti, o agressor o xingou, disse que ele defendia "noias" e ameaçou "colocar fogo" em moradores de rua. O padre faz relação entre a suposta ameaça e as críticas que têm recebido do candidato do Patriota, membro do MBL.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.