Jornal Estado de Minas

EX-MINISTRO DA EDUCAÇÃO

MPF pede para Justiça investigar se Decotelli cometeu falsidade ideológica

O Ministério Público Federal (MPF) pediu que a Justiça Federal investigue se o ex-ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli cometeu crime de falsidade ideológica ao incluir no currículo várias informações falsas. Além de fingir ter concluído doutorado, o ex-ministro foi acusado de plagiar sua dissertação de mestrado e mentir que era professor na Fundação Getúlio Vargas (FGV).  

O pedido está incluído em um parecer da PGR em resposta a uma notícia-crime protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do jornal O Globo.





Segundo a PRG, como Decotelli não tem foro privilegiado, a notícia-crime não deve ser analisada pelo STF. "A falsidade noticiada ocorreu, em tese, com o intuito de exercer o cargo de ministro de Estado, estando claro, portanto, o interesse da União", diz o parecer. 

A ministra do STF Rosa Weber, que é responsável pelo caso, seguiu o parecer da PRG e declinou da competência de avaliar o caso. Agora, o processo vai para Seção Judiciária do Distrito Federal.


Entenda

Carlos Decotelli foi nomeado ministro da Educação em março deste ano, após a saída turbulenta do ex-ministro Abraham Weintraub. 

Decotelli deixou o cargo antes mesmo de ser empossado, após questionamentos sobre as incongruências em seu currículo. Ele foi ministro por cinco dias.

*Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa