Filipe Sabará (Novo) teve sua candidatura a prefeito de São Paulo suspensa pelo partido. À Folha de S. Paulo, ele disse que a decisão foi tomada, sobretudo, por suas declarações simpáticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Sabará criticou o fundador nacional da legenda, João Amoêdo, e afirmou que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, é o ‘verdadeiro líder’ da sigla.
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"Ele não aceita conversar. Está me perseguindo por eu não falar exatamente as coisas que ele quer. Falei que o Bolsonaro é melhor que o Doria. E também por eu ser uma pessoa de direita, conservador nos costumes e liberal na economia", afirmou.
Ainda conforme Sabará, Amôedo está descontente com a ascensão, dentro do Novo, de correntes simpáticas a Bolsonaro. No grupo, além dele próprio, está Zema.
Isso, segundo o empresário, que foi secretário de Doria durante a passagem do tucano pela prefeitura da capital paulista, pode trazer dificuldades a uma possível candidatura de Amoêdo ao Palácio do Planalto em 2022.
O Estado de Minas procurou a assessoria do governador Zema para comentar as declarações dadas por Sabará. Este espaço está aberto para a manifestação do chefe do Executivo mineiro.
Patrimônio sobe de R$ 15 mil para R$ 5 milhões
A oficialização do afastamento de Sabará do partido ocorreu nessa quarta-feira (23). Internamente, ele vinha sendo criticado, sobretudo, por incongruências na declaração de patrimônio apresentada à Justiça Eleitoral. A suspensão, determinada pela Comissão de Ética do Novo, não teve os motivos divulgados.
Inicialmente, Sabará declarou possuir R$ 15 mil em bens. Questionado, se retratou e enviou novos dados, comprovando que tem R$ 5 milhões em bens.