Adepto à hidroxicloroquina desde o início da pandemia do novo coronavírus, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar do medicamento durante uma live pelo Facebook nesta quinta-feira (24). O governante disse, sem citar nomes ou maiores referências, que “alguns estudos” já dão a substância como eficaz no combate à COVID-19, e usou um caso de contaminação do prédio presidencial em Brasília para dizer que a substância é eficiente.
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Em live, Bolsonaro volta a dizer que índio e caboclo colocam fogo em florestas: 'Tem uma cultura'Bolsonaro passa por cirurgia na bexiga nesta sexta-feiraBolsonaro: Com Alerj e governador, buscaremos tirar o Rio de 'situação difícil'Bolsonaro fala sobre apoio nas eleições, mas não cita 'afilhado' que vai concorrer em BHNa sequência, Bolsonaro atacou críticos e médicos que pediram cautela quanto ao medicamento. Especialistas e cientistas de diversas áreas do mundo ainda indicam que a cloroquina e seus derivados, como o sulfato de hidroxicloroquina, ainda não tiveram a eficácia comprovada contra o coronavírus. Além disso, o composto pode causar efeitos diversos ao paciente.
“Agora vem aquela historinha do passado: ‘Ah, não tem comprovação científica’. Porra, e daí? Tá certo? Olha o ‘e daí’ de novo aí né, que não tinha. Qual alternativa? Não tinha alternativa, toma hidroxicloroquina ou não toma nada. Quem não tomou, e de acordo com idade, comorbidade, não tomou na fase inicial, foram hospitalizados, intubados, e outros, infelizmente, perderam suas vidas”, completou.
O Brasil chegou a um total de 139.808 mortes e 4.657.702 casos oficialmente confirmados de COVID-19, segundo o boletim do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) desta quinta-feira (24/9). Desse total, foram registrados nas últimas 24 horas 831 óbitos e 32.817 novos casos da doença.
O estado com o maior número de óbitos é São Paulo (34.677), seguido por Rio de Janeiro (18.037) e Ceará (8.882). Minas Gerais registrou no balanço mais recente 278.901 casos, além de 6.983 mortes. Nas últimas 24 horas, foram 2.587 novos infectados e 86 óbitos.