Jornal Estado de Minas

Governo

Zema volta a defender privatização da Cemig

Durante inauguração de uma usina fotovoltaica ontem, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o governador mineiro Romeu Zema (Novo) voltou a defender a privatização da Cemig, a qual disse estar exaurida e precisando de R$ 12 bilhões para reestruturação. Ele ainda elogiou o novo empreendimento do setor privado, que até o fim do ano vai inaugurar mais duas plantas do tipo e chegar a um investimento de R$ 100 milhões.





A usina fotovoltaica, de acordo com Zema, mostra que Minas Gerais tem potencial para se transformar em um grande produtor de energia elétrica, o que seria importante, uma vez que a Cemig tem dificuldades de expansão. “Muitos produtores rurais, industriais e operadores logísticos gostariam de ter mais energia e muitas vezes eles são atrasados porque nossa companhia estatal não consegue entregar (energia) na quantidade e agilidade necessárias. Isso deixa muito claro que a empresa estatal foi exaurida financeiramente nos últimos governos, o que prejudica o desenvolvimento do estado”, disse.

O governador completou que, atualmente, o estado não consegue investir o valor necessário para readequar a Cemig. Com isso, o setor privado teria mais condições de tocar a empresa. Apesar de novamente citar a venda da companhia de energia mineira, não há previsão sobre o processo de privatização. Segundo Zema, a prioridade no momento é terminar os andamentos para negociação da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). Ele lembrou, no entanto, que o andamento é lento e passa por diversas etapas de análise na Comissão de Valores Mobiliários, no Ministério da Economia e até no BNDES.

Empreendimento


A usina fotovoltaica Granja Marileusa I tem capacidade de produzir 5,9 megawatts/pico e é a quarta planta própria da empresa Alsol, hoje sob controle do Grupo Energisa. Os quatro pontos de produção de energia elétrica conseguem gerar 20,3 megawatts/pico, o suficiente para abastecer 20 mil casas populares. Outras duas fazendas de produção de eletricidade a partir da luz solar serão inauguradas nas cidades de Iraí de Minas e Piumhi até dezembro. A energia gerada por essas fazendas solares é consumida, principalmente, por micro, pequenas e médias empresas de comércio e serviços.





A nova usina em Uberlândia também será o terceiro ponto de recarga de veículos elétricos diretamente da produção. “Esses são investimentos para termos cada vez mais novas fontes de energia no futuro”, afirmou o presidente da Energisa, Ricardo Botelho.

Obras


À tarde, em Araguari, também no Triângulo Mineiro, Zema visitou a Santa Casa de Misericórdia, obras do Hospital Sagrada Família e uma fábrica de celulose solúvel. Em Araguari, por volta das 14h, o governador esteve na Santa Casa de Misericórdia. Em seguida, ele foi para o Hospital Sagrada Família, onde falou sobre investimentos em novos leitos, e, às 16h, visitou as obras da empresa LD Celulose, na zona rural de Indianópolis.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Araguari, o Hospital Sagrada Família recebeu do governo estadual investimento de cerca de R$ 70 milhões para a aquisição de 272 novos leitos, os quais têm previsão para ficar prontos no fim de 2020. Durante as solenidades, além de falar às autoridades locais presentes, entre outros convidados, sobre investimentos, obras e geração de empregos em época de pandemia, Zema comentou também sobre o plano de recuperação fiscal de Minas, do governo estadual, que, em breve, será encaminhado à Assembleia Legislativa.





Com investimento de cerca de R$ 5 bilhões, a LD Celulose, uma joint venture entre a austríaca Lenzing e a brasileira Duratex, está sendo construída no Triângulo Mineiro, entre os municípios de Indianópolis e Araguari, e, segundo a empresa, entrará em operação em março de 2022, com previsão de produzir 500 mil toneladas de celulose solúvel por ano. As obras da empresa já geraram milhares de empregos e, segundo informações de sua assessoria de imprensa, a previsão é de que no pico das obras sejam gerados cerca de 8 mil empregos diretos. As fibras especiais de celulose produzidas na empresa de celulose serão utilizadas na indústria têxtil.


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