Os 15 postulantes a prefeito de Belo Horizonte já protocolaram, na Justiça Eleitoral, suas chapas para a eleição deste ano. Os últimos a entregarem os documentos e certidões necessários para participar da disputa foram Cabo Washington Xavier (PMB) e Bruno Engler (PRTB). Eles constam na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde este sábado (26). Todos os concorrentes aguardam a aprovação de suas candidaturas por parte dos promotores eleitorais.
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- Coligação: Psol, Unidade Popular e PCB
- Vereadora mais votada em 2016
- Deputada federal
- Diálogo com movimentos sociais e minorias
2. Bruno Engler (PRTB) / vice: Mauro Quintão
- 23 anos; deputado estadual em primeiro mandato
- 'Afilhado' de Jair Bolsonaro
- Chapa 'puro-sangue'
- Aposta no conservadorismo
3. Cabo Washington Xavier (PMB) / vice: Paula Maia
- Policial no Partido da Mulher Brasileira
- Se define como 'ex-bolsonarista'
- Quer fundar um partido: o PDS
4. Fabiano Cazeca (Pros) / vice: Dra. Paula Psiquiatra (PTC)
- Aliança entre Pros e PTC
- Empresário
- Tentou ser presidente do Atlético em 2017, mas perdeu para Sette Câmara
5. João Vítor Xavier (Cidadania) / vice: Leonardo Bortoletto (Dem)
- Deputado estadual e radialista
- Terá o maior leque de apoios: Cidadania, Dem, PTB, PMN, Podemos, PSC, PL, PSB, PSL
- A princípio, surge como principal 'rival' de Alexandre Kalil
6. Kalil (PSD)/ vice: Fuad Noman (PSD)
- Tenta a reeleição
- Coligação com PSD, Rede, PV, PP, MDB, Avante, PDT e Democracia Cristã (DC)
- Presidiu o Atlético por seis anos
- Aposta na continuidade
7. Lafayette Andrada (Republicanos) vice: Marlei Rodrigues (Republicanos)
- Deputado federal
- Pode ter votos do eleitorado evangélico por estar em um partido ligado à Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus)
- Crítico da gestão de Kalil
- Tentou ser prefeito de Juiz de Fora em 2016
8. Luisa Barreto (PSDB) / vice: Juvenal Araújo (PSDB)
- Ex-integrante do governo Zema; deixou a secretaria-adjunta de Planejamento e Gestão para tentar a PBH
- Aposta em um modelo de 'cidade colaborativa'
- Chapa 'puro-sangue'
9. Marcelo Souza e Silva (Patriota) / vice: Leandro Moura (Patriota)
- Presidente da CDL
- Crítico das medidas restritivas que fecharam o comércio por alguns meses
- Pretende apostar, sobretudo, no diálogo com o empresariado
10. Nilmário Miranda (PT) / vice: Luana de Souza (PT)
- Histórico militante dos Direitos Humanos
- Ex-integrante dos governos Lula e Pimentel
- Ex-deputado federal
- Aposta no 'legado' do PT em BH
11. Professor Wendel Mesquita (Solidariedade) / vice: Sandra Bini (Solidariedade)
- Deputado estadual em primeiro mandato; ex-vereador
- Chapa 'puro-sangue' após negociação frustrada com o Partido Liberal (PL)
12. Marília Domingues (PCO) / vice: Silvano Vilaça (PCO)
- Estudante
- PCO utilizará a eleição como forma de defender o programa de governo do partido e a candidatura de Lula em 2022
13. Wadson Ribeiro (PCdoB) / vice: Kátia Vergílio (PCdoB)
- Ex-deputado federal
- Ex-integrante dos governos Lula e Pimentel
- Propõe a redução no preço das tarifas de ônibus
14. Wanderson Rocha (PSTU) / vice: Firmínia Rodrigues (PSTU)
- Professor
- Promete campanha nas portas de fábricas, dialogando com trabalhadores
- Vanessa Portugal, tradicional nome do PSTU à PBH, tentará ser vereadora
15. Rodrigo Paiva (Novo) / vice: Patrícia Albergaria (Novo)
- Empresário
- Tentou o Senado Federal em 2018
- Chapa 'puro-sangue', assim como a que elegeu o governador Romeu Zema
O prazo para registrar os nomes na Justiça Eleitoral para a campanha a prefeituras e câmaras municipais em todo o país termina no início da noite deste sábado (26). A caça aos votos começa neste domingo (27).
A eleição deste ano em Belo Horizonte terá número recorde de candidatos. Antes deste ano, o pleito com maior número de opções foi o último, em 2016, com 11 postulantes. Desde a redemocratização do Brasil, em 1985, a média de candidatos por pleito é de 6,7 para a Prefeitura de BH. A eleição com o menor número de políticos postulantes foi justamente naquele ano, com dois nomes: Sérgio Ferrara (PMDB, atual MDB) e Maurício Campos (PFL, atual Democratas).
Coligações e apoios
O alto número é resultado da regra que proíbe coligações para a formação de chapas legislativas. Impossibilitados de repetir, na busca por cadeiras na Câmara, eventuais parcerias na corrida à Prefeitura, os partidos optaram por candidaturas próprias. Assim, as legendas podem "impulsionar" seus postulantes a vereador
Apenas Kalil, Cazeca, Áurea e João Vítor formaram coligações. O restante concorrerá por meio de chapas ‘puro-sangue’.
O atual prefeito tem o apoio de MDB, DC, PP, PV, Rede, Avante e PDT. O vice, contudo, também é pessedista: Fuad Noman, ex-secretário municipal de Fazenda. O grupo de Kalil foi batizado como “Coragem e trabalho”.
Já a parceria de Fabiano Cazeca fará campanha sob o lema “A competência que BH precisa”. Cazeca viu o Pros firmar acordo com o PTC. Coube ao aliado indicar a médica Paula Aparecida Gomes para compor a parceria.
A coligação de Áurea recebeu o nome de “Frente de esquerda BH em movimento”. Deputada federal, a pessolista terá a companhia de Leonardo Péricles, da Unidade Popular. A coligação tem, ainda, o PCB.
A coligação de João Vítor, “BH de Verdade”, tem: Cidadania, Dem, PTB, PMN, Podemos, PSC, PL, PSB, PSL.
Campanha pela internet
Blogs, postagens em redes sociais e aplicativos de mensagens. Em tempos de pandemia do novo coronavírus, as campanhas devem ser, sobretudo, feitas de forma virtual. Eles já se preparam para reuniões virtuais e de transmissões ao vivo pela internet.
A Justiça Eleitoral, portanto, estabeleceu regras para a campanha on-line, que deverão ser observadas rigorosamente pelos partidos, candidatos e suas equipes. Estão vedados, por exemplo, os impulsionamentos de publicações feitas por terceiros, o disparo em massa de mensagens e a propaganda em sites de quaisquer empresas, organizações sociais e órgãos públicos. Os candidatos também serão responsabilizados por conteúdo enganoso ou descaracterizado que for utilizado em suas ações de campanha.
A corrida pelo comando da Prefeitura de Belo Horizonte e pelas vagas na Câmara Municipal, quando os candidatos estarão autorizados pela Justiça Eleitoral a disputar a preferência de 1.943.184 eleitores, ocorrerá em 15 de novembro. O segundo turno está agendado para duas semanas depois, no dia 29 do mesmo mês.
(Com informações de Matheus Muratori e Marco Faleiro)