Em 18 cidades mineiras o próximo prefeito poderá ser eleito com apenas um voto. Atualmente, para se eleger um chefe de Executivo é necessário que ele tenha 50% dos votos válidos mais 1. Mas nesses municípios há apenas uma candidatura registrada para prefeito.
Nesses casos, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), os candidatos precisam de qualquer votação para chegar ao cargo. Os municípios nessa situação são: Aguanil, Alagoa, Araponga, Carmo do Cajuru, Consolação, Coronel Xavier Chaves, Delta, Diogo de Vasconcelos, Ibitiúra de Minas, Itinga, Monjolos, Nova União, Paulistas, Pintópolis, Piranguçu, Presidente Juscelino, Santana do Garambéu e Umburatiba.
Em 11 das 18 cidades a população não passa dos 5 mil habitantes. A com maior população é Carmo do Cajuru, com 22.478 habitantes, e a menor é Monjolos, com apenas 2.220 habitantes. Em 80% desses municípios, o único concorrente é o próprio prefeito. Se mantido esse cenário, a reeleição está garantida.
Em Aguanil, que tem quase 4,5 mil habitantes, o atual prefeito, José Márcio de Oliveira (PP), vai tentar uma reeleição certa, já que, por enquanto, é o único candidato registrado. No entanto, em 2016, José Márcio concorreu ao Legislativo de Aguanil. Assumiu a prefeitura dois anos depois, após dois acontecimentos: a morte de Sebastião Elói, eleito prefeito no pleito passado, e a cassação do vice, Heliton Goulart.
Em apenas três cidades o único candidato não é o atual prefeito. Em duas delas – Consolação, Santana do Garambéu –, os chefes do Executivo poderiam concorrer à reeleição, mas seus nomes não aparecem nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Maurílio Robson Marques (MDB) foi eleito em Consolação com 64,68% dos votos válidos em 2016. No mesmo pleito, Adaílton Fonseca da Cunha (PP) foi eleito em Santana do Barambéu com 65,03% dos votos válidos. Em ambas as cidades, os prefeitos não foram localizados para comentar o assunto.