Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Candidatos à Prefeitura de BH têm patrimônio de quase R$ 16 milhões; veja os bens de cada um

Juntos, os 15 candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte somam pouco mais de R$ 15,94 milhões em patrimônio. A conta foi feita com base nas declarações de bens apresentadas por cada um deles à Justiça Eleitoral. Veja o ranking ao fim deste texto.




O ‘líder’ da lista é o empresário Fabiano Cazeca (Pros), com cerca de R$ 5,5 milhões. A maior parte do patrimônio dele está concentrada nas quotas de capital de um empresa de consórcios. Há, ainda, um terreno e participações em outros empreendimentos.

Em seguida, vem Alexandre Kalil (PSD), que busca a reeleição: aproximadamente R$ 3,6 milhões, divididos entre participações societárias, lotes, veículos, aplicações financeiras e imóveis.

Entre ações, carro, apartamento, depósito em conta e aplicações, o petista Nilmário Miranda possui R$ 1,2 milhão. Atrás dele, está o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania) — pouco mais de R$ 953,9 mil por conta de apartamento, dinheiro em conta, prédio comercial, participação em empresas e um carro.



Rodrigo Paiva (Novo) tem quase R$ 934 mil. Os bens do candidato do Novo são ações, imóvel, recursos depositados em bancos e terrenos. A casa e o apartamento de propriedade de Cabo Washington Xavier (PMB) somam R$ 920 mil.

O deputado federal Lafayette Andrada (Republicanos) tem quase R$ 640,6 mil, distribuídos entre contas correntes, automóvel, casa, terreno e apartamento. Um pouco menos — aproximadamente R$ 572,7 mil — detém Wadson Ribeiro. O candidato do PCdoB tem um veículo, um apartamento e aplicações de renda.

Professor Wendel Mesquita (Solidariedade), deputado estadual, declarou dois apartamentos que, ao todo, valem R$ 535 mil. Wanderson Rocha (PSTU) informou ser dono de um apartamento, um carro e manter caderneta de poupança: os bens, juntos, valem mais de R$ 366,9 mil.

Marcelo Souza e Silva (Patriota) tem valor próximo de R$ 242,4 mil — participações societárias, depósitos, consórcio, apartamento e carro. Partes de apartamentos e sítio, quotas de empresa e aplicações formam o patrimônio de mais de R$ 137,8 mil de Luisa Barreto (PSDB).



Áurea Carolina (Psol) tem valor levemente superior a R$ 30,2 mil, dividido em duas contas correntes e um fundo de investimentos.

Divergência de dados


Chama atenção o caso de Bruno Engler (PRTB). Envolvido em um imbróglio em torno de seu vice-candidato, há duas chapas encabeçadas por ele protocoladas junto à Justiça Eleitoral. Uma delas, com a ex-coronel da Polícia Militar Cláudia Romualdo, foi rejeitada em primeira instância. Os dois registros, contudo, apresentam valores diferentes no que tange ao patrimônio.

Na chapa que, neste momento, é a válida, Engler declarou ter mais de R$ 159,7 mil. Os bens possuídos por ele são um carro (FordKa), saldo em conta bancária e resultados provenientes de investimentos.

Na composição indeferida judicialmente, contudo, Engler aponta ter mais de R$ 161,7 mil, entre conta corrente, aplicação de renda fixa e automóvel de outra marca (Renault Sandero).

A reportagem pediu ao candidato que explique as diferenças. Em contato com o Estado de Minas, Engler explicou que a declaração inicial de seus bens foi feita com base no Imposto de Renda de 2019. Ao prestar contas pela segunda vez, para inscrever a chapa com Cláudia Romualdo, ele informou, por exemplo, a troca de veículo que fez no início deste ano.



Candidata do PCO não possui bens


Quatorze dos quinze postulantes ao Executivo municipal apresentaram seus bens. A exceção foi a estudante Marília Domingues, do PCO. O perfil dela na base de dados mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indica que não há patrimônio cadastrado.

Procurado pelo Estado de Minas, o partido de Marília afirmou que a estudante não possui bens. 

 

Patrimônio dos candidatos à PBH (do maior para o menor):