Jornal Estado de Minas

ENSINO PÚBLICO

Governo de Minas quer nomear 5 mil novos professores até o fim do ano

O governo de Minas Gerais quer terminar 2020 com a nomeação de cinco mil novos professores. O plano, interrompido por causa da pandemia do novo coronavírus, continua na agenda da equipe de Romeu Zema (Novo). Foi o que garantiu a subsecretária de Gestão de Pessoas da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Kênnya Kreppel, nesta quinta-feira (1º), na Assembleia Legislativa.



Por ora, as posses ocorrerão apenas nas macrorregiões pertencentes à onda verde do Minas Consciente, programa  criado pelo Estado para direcionar a retomada econômica durante o surto de COVID-19.

Antes da pandemia, o governo já havia feito 1 mil nomeações. As medidas de isolamento, contudo, impediram que os novos professores começassem a trabalhar. Segundo Kênnya, a prioridade, agora, é retomar os exames admissionais para concretizar as posses.

“Tão logo os municípios entrem na onda verde, vamos retomar as perícias presenciais. E, tão logo a gente retome os pré-admissionais para dar posse aos mil candidatos, daremos sequência ao calendário já aprovado, de mais quatro mil nomeações em 2020”, assegurou, durante audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia do Parlamento mineiro.

Conforme a mais recente atualização do Minas Consciente, feita nessa quarta-feira (30), há quatro macrorregiões no nível verde (em que a disseminação do coronavírus está mais controlada): Norte, Leste, Jequitinhonha e Centro-Sul.



Na onda verde podem funcionar serviços não essenciais onde, em tese, há alto risco de contágio. As outras seis macrorregiões mineiras estão no nível amarelo, considerado intermediário.

O cronograma de nomeações ainda não foi definido, justamente, pela impossibilidade de antecipar avanços ou recuos no Minas Consciente.

Sindicato cobra novos concursos


Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE-MG), há cerca de 110 mil professores designados atuando na rede estadual. Nesse modelo da contratação, não há estabilidade, já que os vínculos são provisórios.

Para a coordenadora-geral do sindicato, Denise Romano, o Estado precisa ampliar o número de nomeações e, até mesmo, promover novos concursos.

“Mesmo que o Estado nomeie todos os aprovados, ainda teremos um saldo de servidores designados muito grande. Então, é importante que se tenha novos concursos, para novas disciplinas e novas regiões”, clamou.

Na última seleção, ocorrida há três anos, 30 mil concorrentes foram aprovados — e, portanto, estão aptos a eventuais nomeações.