Jornal Estado de Minas

ELEIÇÃO

Eleições 2020: Quase 60% dos prefeitos em Minas buscam novo mandato

Das 853 cidades mineiras, 505 terão prefeitos tentando novo mandato na eleição deste ano, marcada novembro – isso corresponde a 59,2% do território estadual. Os dados compõem estudo feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).



O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), é um dos que buscam mais quatro anos no comando do Executivo municipal. Em Contagem, na região metropolitana da capital, por outro lado, Alex de Freitas (sem partido) vai deixar o cargo após o mandato inicial.

Se, em BH, Kalil lidera a corrida eleitoral com certa folga em relação aos 14 adversários, o mesmo não ocorre em Sete Lagoas, também no entorno da capital, por exemplo. Por lá, Duílio de Castro (Patriota), aparece atrás do deputado estadual e radialista Douglas Melo (MDB).

Minas está abaixo da média nacional


Os números relativos à reeleição em Minas estão abaixo da média brasileira. O país tem 4.398 prefeitos aptos a uma nova ida às urnas. Quase 4 mil deles (3.383) tentarão renovar a confiança junto aos eleitores. O número corresponde a 76,9% dos que possuem o direito.



O percentual deste ano é superior ao das duas últimas eleições municipais. Quatro anos atrás, 59,34% dos prefeitos brasileiros com prerrogativa de reeleição usufruiram do mecanismo.

Em 2012, eles foram 69,74% — no grupo, estava Márcio Lacerda, que venceu a disputa em Belo Horizonte pelo PSB.

De 2000 para cá, o maior índice de tentativas de reeleição foi registrado em 2008, quando 80,1% dos prefeitos foram às urnas atrás de novo ciclo de quatro anos.

O estado com os números mais elevados é o Amapá. Dos 16 municípios, 14 têm prefeitos aptos à reeleição. Apenas um deles não irá concorrer.

Histórico


Após a redemocratização do país, as reeleições passaram a ser permitidas em 1998, no pleito que manteve Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no Palácio do Planalto.

Em Belo Horizonte, todos os prefeitos que ocuparam o prédio da Afonso Pena conseguiram se reeleger desde então.

Em 2000, foi a vez de Célio de Castro. Quatro anos depois, o vice, Fernando Pimentel (PT) – que havia assumido o cargo após a morte de Célio – venceu o pleito. Oito anos mais tarde, Lacerda triunfou.