Familiares do pastor Anderson do Carmo informou à Justiça do estado do Rio de Janeiro que a deputada Flordelis (PSD) estaria enviando uma representante para se comunicar com os filhos na prisão. Segundo eles, a visitante seria uma funcionária do gabinete da deputada.
Ainda segundo o documento, que foi anexado ao processo que investiga a morte do pastor, “as supostas visitas da mulher, em tese, têm o objetivo de levar mensagens da ré Flordelis dos Santos de Souza, mantendo o domínio da denunciada sobre os filhos no interior das unidades prisionais. Se comprovados, os fatos narrados são gravíssimos e uma afronta à determinação judicial”.
Por isso, a acusação pediu para que o ato seja investigado pelo Ministério Público.
Entenda
Anderson do Carmo foi executado com mais de 30 tiros na porta da casa do casal, em Pendotiba, Niterói (RJ). Na época do assassinato, a deputada federal afirmou que se tratava de um assalto. Apesar disso, a investigação, conduzida pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, não demorou muito para encontrar divergências nos depoimentos, além de outras evidências.
De acordo com a investigação, a família tentou esconder as evidências dos crimes chegando até mesmo fazer uma fogueira no quintal da casa para destruir provas. Os policiais acreditam que Flordelis tentou assassinar o pastor pelo menos seis vezes por envenenamento, além de contratar pistoleiros em outras duas vezes.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.