Depois de prometer a indicação de um ministro ‘terrivelmente evangélico’ para a corte, Bolsonaro disse nesta segunda-feira (5/10) que seu próximo nomeado será um pastor.
“A segunda vaga, em julho do ano que vem, com toda certeza, mais que um terrivelmente evangélico, se Deus quiser nós teremos lá dentro um pastor”, prometeu Bolsonaro.
O anúncio foi feito durante a celebração do aniversário de 86 anos de José Wellington Bezerra da Costa, presidente nacional da igreja evangélica Assembleia de Deus, em São Paulo.
"Imaginemos as sessões do Supremo Tribunal Federal começando com orações", disse o presidente. "Isso não é mérito meu, é mérito de Deus."
Na semana passada, Bolsonaro desagradou parte de seu eleitorado evangélico ao indicar o desembargador Kassio Marques ao Supremo Tribunal Federal, em vez de cumprir a promessa de nomear alguém ligado à igreja.
"Imaginemos as sessões do Supremo Tribunal Federal começando com orações", disse o presidente. "Isso não é mérito meu, é mérito de Deus."
Na semana passada, Bolsonaro desagradou parte de seu eleitorado evangélico ao indicar o desembargador Kassio Marques ao Supremo Tribunal Federal, em vez de cumprir a promessa de nomear alguém ligado à igreja.
No evento desta segunda estavam presentes Bruno Covas (PSDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, os ministros Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Milton Ribeiro (Educação) e o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD).
O também candidato à prefeitura da capital paulista Andrea Matarazzo (PSD) compareceu à cerimonia acompanhado de sua vice, a deputada estadual Marta Costa (PSD-SP), filha do aniversariante.
De acordo com o art. 101, da Constituição Federal, o presidente da República deve nomear para ministros do Supremo Tribunal Federal cidadãos entre 35 e 65 anos, dotados de ‘notável saber jurídico e reputação ilibada’.
Ministro da Justiça evangélico
O critério religioso também parece ter sido considerado para a escolha do ministro da Justiça, André Mendonça, nomeado em abril deste ano.
Mendonça é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil e foi profissional de carreira da Advocacia-Geral da União durante 20 anos. Ele ocupou o cargo máximo da AGU de novembro de 2018 até assumir a pasta da Justiça.