Um grupo de vereadores de Vespasiano se mobilizou para cobrar a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os gastos da administração municipal durante a pandemia do COVID-19. Os vereadores alegam que poucas ações de combate e prevenção foram realizadas no município.
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Casa de vereador é alvo de tiros e ele acusa políticos em Vespasiano: 'Cambada de ratos'Polícia Civil indicia prefeitos e servidores de Vespasiano e São José da LapaVereadores de Vespasiano aprovam aumento do próprio salárioCPI da UPA vai investigar indícios de irregularidades em DivinópolisEx-prefeito de Dona Euzébia é condenado em três processosEm um documento assinado pelos vereadores Ederaldo Boffo, Geraldo Magela, Heberth Rodrigues, Marta Mansur, Philippe Fonseca e Reinaldo Alves, o grupo afirma que vários pedidos formais de Prestação de Contas foram feitos, mas até o momento, a Prefeitura não forneceu informações sobre os gastos realizados para o combate ao vírus.
No site do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), é possível ter acesso aos contratos e gastos realizados pelo município de Vespasiano durante a pandemia. A atual administração declarou, até o momento, gastos no valor de cerca de R$6 milhões em aquisição de material médico, medicamentos, estruturação de leitos de retaguarda e respiradores.
No texto, o grupo de vereadores afirma que há indícios de que os respiradores anunciados pela Prefeitura, na verdade, nunca foram comprados. Segundo os vereadores que apoiam a instalação da CPI, os respiradores mostrados nas redes sociais pela Prefeitura, seriam aparelhos antigos da UPA da cidade.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Vespasiano, Zé Wilson (PSC), o requerimento de abertura de CPI ainda não foi protocolado na casa.
Nota da prefeitura
Por meio de nota, a Prefeitura de Vespasiano alegou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre a instauração de uma CPI. Através da assessoria, a atual administração municipal alegou que com a verba enviada para combate à COVID-19, entre outras ações, implantou 10 leitos de UTI e disponibilizou 40 leitos para atendimento de internação de média complexidade, além da compra de três respiradores.
A prefeitura esclareceu que todos os gastos com ações de combate à COVID-19 estão sendo contabilizados separadamente e estão disponibilizados no site do TCE-MG, de acesso a qualquer cidadão.
O Estado de Minas tentou contato com os vereadores responsáveis pelo documento, mas até o fechamento da reportagem, não obteve retorno.