Jornal Estado de Minas

Família do presidente

Frota acusa Eduardo Bolsonaro de comando para espalhar fake news


Divulgado na noite dessa terça- (6) depoimento à Polícia Federal do deputado Alexandre Frota (PSDB) acusando o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de participação em organização criminosa para divulgação de fake News em redes sociais.



Eduardo Bolsonaro presta depoimento de 6h

O depoimento de Frota ocorreu  no último dia 29, data que o parlamentar também entregou à Polícia Federal documentos coletados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das ‘Fake News’.

Quebra de sigilo


Os dados foram obtidos a partir de quebra de sigilo telemático e apontam para máquinas presentes em dois endereços ligados a Eduardo Bolsonaro: um no Jardim Botânico, onde o deputado mora em Brasília; e outro na Avenida Pasteur, no Rio, imóvel que o filho do presidente declarou à Justiça Eleitoral.

“Todos esses IPs foram relacionados com o mesmo e-mail bolsonaro.enb@gmail.com, cadastrado em nome de Eduardo Nantes Bolsonaro”, afirmou Frota à Polícia Federal. O mesmo e-mail foi usado por Eduardo quando registrou sua candidatura em 2018.



Frota disse ainda à Polícia Federal que outro IP identificado pela CPMI das Fake News apontou para endereço situado em Taguatinga Norte, em Brasília, onde reside um assessor de Eduardo.

Comando


Segundo Frota, Eduardo Bolsonaro fazia parte do grupo que ‘orientava, determinava ou incitava’ a produção de conteúdos para linchamento virtual de opositores. O chamado ‘gabinete do ódio’, formado pelos assessores Tércio Arnaud, José Matheus e Mateus de Matos, também contaria com auxílio do blogueiro Allan dos Santos e do vereador, Carlos Bolsonaro.

Frota contou ainda  os responsáveis por orientar, determinar e incitar a produção ou divulgação de conteúdos fakes: Tercio Arnaud, José Matheus e Mateus de Matos, Allan dos Santos, Eduardo Bolsonaro, Bernardo Kuster, Paula Marisa, Camila Abdo, Tatiane Alvarez, Paulo Eneas e Carlos Bolsonaro.

De acordo com Frota, o ‘gabinete do ódio’ instalado no Palácio do Planalto trabalha no monitoramento de redes sociais ‘em busca de informações que pudessem atingir atingir a pessoa do presidente da República’. “Eles identificam pessoas que possam ser opositores do governo para promover ‘linchamentos virtuais'”, disse.