O presidente Jair Bolsonaro disse na tarde desta quarta-feira, durante solenidade no Palácio do Planalto, que acabou com a Operação Lava-Jato porque "não existe mais corrupção no governo".
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Empresário bolsonarista é apontado como financiador de atos antidemocráticosMinistro da Saúde, Pazuello admite que não sabia o que era o SUSDissertação de Kassio em Portugal tem trechos idênticos a de artigos de advogado"Queria dizer a essa imprensa maravilhosa nossa que eu não quero acabar com a Lava-Jato... eu acabei com a Lava-Jato porque não tem mais corrupção no governo", disse Bolsonaro, que foi aplaudido pelas autoridades presentes.
"Eu sei que isso não é virtude, é obrigação. Para nós, fazemos um governo de peito aberto", acrescentou o presidente.
A declaração de Bolsonaro foi uma resposta às críticas de lavajatistas por ter se aproximado de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que se posicionam contrários à operação tocada pelo ex-juiz Sérgio Moro.
Os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli chancelaram o nome do desembargador Kassio Marques para a vaga a Corte. Bolsonaro selou a indicação após uma reunião com os dois integrantes da Corte. O gesto motivou uma reação negativa de apoiadores e aliados tradicionais do presidente.
A indicação de Kassio, costurada com o apoio do Centrão e do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), vem sendo contestada por diversos grupos de apoio ao presidente. Evangélicos, ideológicos militares e lavajatistas externaram nas redes sociais e nos bastidores do governo a decepção com o escolhido. Como o Estadão mostrou informações do currículo do desembargador são inconsistentes.
Nesta tarde, Bolsonaro voltou a sair em defesa de Marques. “Quando eu indico qualquer pessoa para qualquer local, eu sei que é uma boa pessoa tendo em vista a quantidade de críticas que ela recebe da grande mídia”, disse Bolsonaro.