O Palácio do Planalto e a campanha de Celso Russomanno (Republicanos) comemoraram o cancelamento de debates na TV entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. A expectativa é que Russomanno, líder nas pesquisas, não participe de mais nenhum debate no primeiro turno e seja blindado dos ataques de adversários.
O marqueteiro de Russomanno, Elsinho Mouco, comparou os debates a comícios para os candidatos que estão atrás nas pesquisas.
"Esse formato é um verdadeiro 'debício', uma mistura de debate com comício. É um paredão de fuzilamento com quem está na frente das pesquisas. Com 11 pessoas, são 30 segundos para perguntas e para responder. Se vem uma provocação não dá tempo de se posicionar. São nove fuzilando os dois (primeiros colocados)", disse ele.
Indagado se o cancelamento dos debates favorece Russomanno, um auxiliar do presidente Jair Bolsonaro respondeu: "Totalmente". Segundo este auxiliar palaciano, a estratégia do candidato é "jogar parado, fazer cera, catimbar" para evitar o desgaste e chegar ao segundo turno.
Globo, SBT, Record, Rede TV! e CNN cancelaram seus debates. Os motivos são divergências entre os candidatos sobre quem vai participar e as restrições impostas pela covid-19.
Com isso, o candidato do Republicanos pode repetir Bolsonaro, que em 2018 só participou do primeiro debate. O presidente não foi aos demais encontros alegando restrições médicas em função da facada que levou no dia 6 de setembro.
POLÍTICA