Ativistas realizam neste domingo, pela internet e também em atos presenciais no Brasil e outras partes do mundo, a terceira edição do protesto #StopBolsonaroMundial. A hashtag apareceu nos Trending Topics, assuntos mais comentados do Twitter, no início da manhã.
O movimento, promovido por ativistas brasileiros que moram no país e no exterior critica a atuação do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante das queimadas na Amazônia e no Pantanal, as políticas para saúde, economia, além de outras questões.
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Chuva não põe fim à agonia dos animais, principalmente do lobo-guará Bolsonaro passeia em praia do Guarujá e posa com aglomeração de apoiadoresTereza Cristina diz que incêndios seriam menores se houvesse mais gado no PantanalPandemia é pior nas cidades governadas por apoiadores de BolsonaroOs protestos do Stop Bolsonaro (do inglês, Pare Bolsonaro) começaram ainda em junho. Nesta edição, segundo os organizadores, foram programados atos presenciais e pela internet em 59 cidades de 19 países.
Em Brasília, o ato ocorreu primeiro diante do Congresso Nacional e, na sequência, na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto.Os protestos neste ano fazem um "apelo" em defesa dos biomas brasileiros, dos povos originários e quilombolas, e queixam-se sobre os números de desmatamento, as queimadas e o "desmonte de políticas e órgãos de defesa ambiental" no Brasil, disse um dos manifestantes em Brasília, Roberto Ferdinand, da coordenação nacional e internacional das marchas Mundial do Clima e por Justiça Climática.
Atualmente no foco das críticas ao programa ambiental da gestão Bolsonaro, as queimadas no Pantanal vêm registrando números preocupantes em 2020. De acordo com dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre 1º de janeiro e 30 de setembro, o total de pontos de fogo no Pantanal - 18.259 - já supera em 82% o total de queimadas observado ao longo de todo o ano passado no bioma (10.025).
Trata-se do maior volume observado para o período de um ano desde o início dos registros do Inpe, em 1998. O maior valor até então era o de 2005, com 12.536 focos para 12 meses. O Palácio do Planalto não comentou o assunto.