Permitida desde a última sexta-feira, a propaganda eleitoral gratuita já começou a ser o foco dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte nas eleições municipais deste ano. Prefeito e candidato à reeleição na capital de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD) e a coligação que seu partido faz parte já denunciaram alguns programas dos rivais e também foram alvo.
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Justiça suspende propaganda de Luísa Barreto a pedido da coligação de Kalil Eleições 2020: Confira a agenda dos candidatos à PBH nesta terça-feira (13/10)Kalil diz que carnaval 'tem cara de vacina' e pode acontecer só no 2º semestreSeis dias após início das propagandas em rádio e TV, Cazeca envia programasNo último domingo, a Justiça determinou que parte do programa político do novista seja cortada nas próximas exibições em cadeia de rádio e televisão. O programa extrapolou o tempo permitido a apoiadores, que é de até 25% do tempo total, segundo decisão. No material, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tomou todo horário para elogiar Paiva. Em nota, o candidato responsabilizou Kalil e chamou a atitude de "autoritária".
No mesmo dia, Kalil emendou uma segunda denúncia contra outro rival. Foi a vez de João Vítor Xavier (Cidadania) ter uma peça retirada do ar. Na peça em questão, há imagens de desastres e tragédias causadas pela chuva em BH no fim de 2018, com Kalil assumindo a culpa pelo ocorrido e prometendo obras.
Em seguida, a propaganda diz que o atual prefeito mentiu, ao mostrar mais imagens e referências dos estragos causados pela precipitação em 2019. Segundo Kalil, em representação feita à Justiça, a inserção caracteriza “inequívoca propaganda eleitoral negativa, além de serem graves e ofensivas diretamente à honra e à imagem, possuindo nítido caráter degradante”.
O movimentado domingo também teve uma derrota de Kalil, que teve uma propaganda derrubada. A decisão foi deferida após pedido de João Vítor Xavier. A Justiça barrou a exibição de um programa do atual prefeito e sua coligação. Segundo decisão, a peça publicitária não faz referência ao candidato a vice-prefeito da chapa, Fuad Noman (PSD).
Já nessa segunda-feira, a candidata Luisa Barreto (PSDB) teve um programa impedido pela Justiça após pedido da coligação de Kalil. Segundo a liminar, a propaganda viola "não só a obrigatoriedade de veiculação do nome do candidato a vice-prefeito, como também não informa ao eleitor a legenda partidária".
Em nota, a assessoria de Luisa Barreto informou que o programa já foi substituído. "Essa decisão revela a postura do prefeito Alexandre Kalil que, de forma autoritária e antidemocrática, não quer debater os problemas da cidade nem deixar que os demais candidatos apresentem suas propostas à população, judicializando a campanha eleitoral", afirmou.
A propaganda eleitoral gratuita segue até 12 de novembro. As inserções em bloco, que desde 2016 são exclusivas para candidatos a prefeito, ocorrem de segunda-feira a sábado. No rádio, as primeiras inserções já foram ao ar entre as 7h e 7h10, e novas inserções ocorrem entre 12h e 12h10. Na televisão, os programas serão veiculados entre 13h e 13h10 e das 20h30 às 20h40.
O primeiro turno das eleições municipais deste ano será em 15 de novembro. O segundo, caso necessário, será no dia 29 do mesmo mês.