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Estado de Minas ASSASSINATO

Acusado de matar candidato a vereador, irmão do prefeito de Patrocínio é denunciado pelo MP

Promotores imputaram Jorge Marra por homicídio qualificado por motivo torpe, mediante simulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, além do porte ilegal de arma de fogo


14/10/2020 12:48 - atualizado 14/10/2020 13:14

Câmeras de segurança mostram Cássio tentando correr, mas acaba sendo atingido pelos tiros(foto: Reprodução)
Câmeras de segurança mostram Cássio tentando correr, mas acaba sendo atingido pelos tiros (foto: Reprodução)
Promotores do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciaram, nessa terça-feira (13), o ex-secretário municipal de Obras de Patrocínio, no Alto Paranaíba, Jorge Marra, acusado de ser o autor dos disparos que mataram o candidato a vereador Cássio Remis (PSDB). Marra, que está preso em Patos de Minas, é irmão do prefeito de Patrocínio, Deiró Moreira Marra.

De acordo com os promotores da Comarca de Patrocínio, Jorge Marra foi imputado por homicídio qualificado por motivo torpe,mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima. A denúncia também traz o delito de porte ilegal de arma de fogo e munições por parte do ex-secretário.

Outras duas pessoas também foram denunciadas pelo MPMG, mas elas não tiveram os nomes revelados. De acordo com os promotores, elas cometeram o crime de favorecimento pessoal. A denúncia também pede a suspensão do segredo de Justiça, tendo em vista a repercussão internacional do fato e o direito constitucional à informação.

Na semana passada, a Polícia Civil concluiu o inquérito do assassinado de Cássio Remis. Jorge Marra foi indiciado pelos crimes de roubo, porte ilegal de armas e homicídio doloso (com intenção de matar). O ex-secretário responderá por homicídio com duas qualificantes: motivo fútil e ação dissimulada para enganar a vítima. Jorge tinha autorização para possuir arma de fogo, mas não podia portá-la em espaços públicos.

O assassinato


Assassinado no dia 24 de setembro, Cássio Remis costumava denunciar possíveis ilicitudes cometidas por Jorge Marra. Neste ano, o tucano já havia criticado Marra por, supostamente, utilizar máquinas públicas para fazer intervenções em sua fazenda particular.

O crime, aliás, ocorreu enquanto Cássio, de 37 anos, fazia uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Ele estava em frente ao comitê de campanha de Deiró Marra, que concorre a reeleição, denunciando a promoção de obras, por parte da prefeitura, nas imediações do local. Por isso, a Polícia Civil crê que o assassinato ocorreu por motivações políticas.

Câmeras de segurança mostram Jorge Marra tomando um celular das mãos de Cássio, que vai atrás dele em busca do aparelho. Já na secretaria de Obras, para onde ambos se dirigiram, Marra, de chapéu, saca uma arma e dispara.


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