Bruno Engler (PRTB) é o único candidato à Prefeitura de Belo Horizonte cujo plano de governo não consta na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disponível para consulta pública. Em intimação enviada na segunda-feira (12), a Justiça Eleitoral diz não ter recebido o documento. O prazo para a entrega encerra nesta quarta-feira, às 23h59.
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Na intimação, a analista judiciária Luciana Miris Soares Veloso Nunes salienta que a ausência da entrega da proposta de governo pode proporcionar o indeferimento do pedido de registro de candidatura.
“Não foi recebido o arquivo contendo a proposta de governo do candidato, razão pela qual deverá ser reapresentado”, diz trecho do texto.
O PRTB registrou Engler como ‘cabeça’ de chapa composta, também, pelo presidente municipal da legenda, Mauro Quintão. Sem concordar com o nome escolhido para o posto de vic-candidato, ele protocolou parceria com Cláudia Romualdo, coronel reformada da Polícia Militar
Em contato com a reportagem, o advogado de Engler, Luiz Márcio Siqueira Júnior, garantiu o envio do documento até o fim do prazo. A tendência é que o plano de governo anexado ao primeiro registro seja replicado.
Atualização das 19h53 de 14/10: Em novo contato com o Estado de Minas, a defesa de Engler manifestou ter interpretação diferente da Justiça Eleitoral quanto ao prazo para a entrega do documento. Os advogados consideram ter até amanhã para anexar o documento. Luiz Márcio, inclusive, afirmou que a intenção é protocolar o documento apenas nesta quinta-feira, em virtude, justamente, do imbróglio em torno do posto de vice na chapa.
Ante o posicionamento de Engler, a reportagem voltou a procurar a Justiça Eleitoral, que reafirmou o entendimento sobre o prazo vencer às 23h59 desta quarta-feira. Após o horário, os autos do processo serão encaminhados a um juiz eleitoral, que decidirá os rumos do caso.
Divergências na declaração de bens
Na intimação, a Justiça Eleitoral pede, ainda, que o candidato do PRTB esclareça ou retifique a declaração de bens apresentada. Por ter apresentado dois registros de candidatura, as listas de patrimônio possuído por ele divergem.Na primeira parceria com Mauro Quintão, Engler disse possuir R$ 159.759,89 em bens. Na segunda composição, com Cláudia Romualdo como vice, o parlamentar apontou ter R$ 161.759,88.
No fim de setembro, ele explicou, ao Estado de Minas, as diferenças. Segundo Engler, a declaração inicial de seus bens foi feita com base no Imposto de Renda de 2019. Ao prestar contas pela segunda vez, para inscrever a chapa com Cláudia Romualdo, informou, por exemplo, a troca de veículo que fez no início deste ano.