O candidato Bruno Engler (PRTB), que concorre à prefeitura de Belo Horizonte, atendeu, a duas horas do fim do prazo, ao despacho judicial que determinava a apresentação de seu plano de governo. De acordo com a assessoria jurídica de Engler, como existem dois registros de candidatura, o documento está incluso nos dois processos.
o único candidato à PBH cujo plano de governo não constava na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disponível para consulta pública. Em intimação enviada na segunda-feira (12), a Justiça Eleitoral dizia não ter recebido o documento. O prazo para a entrega encerra nesta quarta-feira, às 23h59.
Até a noite desta quarta-feira, Bruno Engler era O candidato encabeça duas chapas presentes na plataforma do TSE. Em uma delas, o plano de governo está anexado aos documentos entregues à Justiça. Na outra, não. Mesmo assim, nenhum dos dois registros públicos da candidatura tinha as propostas disponíveis para leitura.
O plano de governo compila as propostas pensadas por candidatos a cargos ligados ao Executivo. Trata-se de um documento obrigatório para o registro de chapa. Os arquivos estão presentes nas páginas dos outros 14 postulantes a prefeito da capital mineira.
A ausência da entrega da proposta de governo poderia proporcionar o indeferimento do pedido de registro de candidatura. O PRTB registrou Engler como cabeça de chapa composta, também, pelo presidente municipal da legenda, Mauro Quintão. Sem concordar com o nome escolhido para o posto de vice-candidato, ele protocolou parceria com Cláudia Romualdo, coronel reformada da Polícia Militar.
Divergências na declaração de bens
Na intimação, a Justiça Eleitoral pede, ainda, que o candidato do PRTB esclareça ou retifique a declaração de bens apresentada. Por ter apresentado dois registros de candidatura, as listas de patrimônio possuído por ele divergem.Na primeira parceria com Mauro Quintão, Engler disse possuir R$ 159.759,89 em bens. Na segunda composição, com Cláudia Romualdo como vice, o parlamentar apontou ter R$ 161.759,88.
No fim de setembro, ele explicou, ao Estado de Minas, as diferenças. Segundo Engler, a declaração inicial de seus bens foi feita com base no Imposto de Renda de 2019. Ao prestar contas pela segunda vez, para inscrever a chapa com Cláudia Romualdo, informou, por exemplo, a troca de veículo que fez no início deste ano.