
"Eu acho que seria bom ele (sair), voluntariamente, até para poder, vamos colocar assim, se defender das acusações de forma mais livre", disse.
A exemplo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Mourão tentou descolar a imagem de Rodrigues do governo. "Todos aqueles que estão dentro do Parlamento e que trabalham em favor do governo ou ocupando o cargo, como ele tem, de vice-liderança, ou até mesmo fazendo parte da base, é uma linha auxiliar, ele não é membro do Executivo, isso ai é óbvio", argumentou o vice-presidente.
Mourão acrescentou que lamenta o episódio e frisou a operação que flagrou Chico Rodrigues demonstra que Bolsonaro não interfere na Polícia Federal. "Aquela história que o presidente tem interferência na Polícia Federal, ele não interfere em nada. Está aí a face mais clara disso. Independente da posição que a pessoa tem em relação ao governo, se está metida em alguma atividade ilicita, a PF tem plena liberdade para agir", comentou.
Dinheiro na cueca
Nessa quinta-feira (14), a Polícia Federal (PF) encontrou R$ 30 mil na casa do vice-líder do governo no senado, Chico Rodrigues, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Parte da quantia estava escondida na cueca e entre as nádegas do parlamentar.
Denominada Desvid-19, a operação deflagrada pela PF investiga a participação do senador no desvio de R$ 20 milhões em emendas destinadas à Secretaria de Saúde de Roraima para combate ao novo coronavírus.
Rodrigues se defendeu por meio de nota, dizendo que teve o “lar invadido”. Ele também alegou que apresenta “um passado limpo e uma vida decente”.
“Nunca me envolvi em escândalos de nenhum porte. Se houve processos contra minha pessoa no passado, foram provados na justiça que sou inocente. (...) Digo a quem me conhece: fique tranquilo. Confio na justiça e vou provar que não tenho nem tive nada a ver com qualquer ato ilícito”, diz trecho da nota assinada por ele.