Sobrinho do presidente Jair Bolsonaro, Leonardo Rodrigues de Jesus, mais conhecido como Léo Índio, pediu para ser exonerado do gabinete do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), ex-vice-líder do governo no Senado.
O parlamentar, alvo de uma operação da Polícia Federal na quarta-feira (14/10), quando foi flagrado com R$ 33,1 mil entre as nádegas, empregava Léo Índio desde o ano passado.
A assessoria de imprensa do senador confirmou à reportagem que o sobrinho do presidente da República pediu demissão. O ato de exoneração deve ser publicado na próxima edição do Diário do Senado Federal.
Nas redes sociais, Léo Índio afirmou que não foi influenciado por Bolsonaro ou outro familiar a pedir demissão. "A decisão de sair do gabinete do senador Chico Rodrigues foi decisão unicamente minha, sem orientação da Presidência e de aliados do Governo", escreveu.
Histórico
Filho de Rosimeire Nantes, que é irmã de Rogéria Nantes, ex-mulher de Bolsonaro e mãe de três filhos do presidente — o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vererador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) —, Léo Índio trabalhava como assessor parlamentar de Rodrigues.
O parente do chefe do Executivo foi nomeado pelo senador em abril de 2019. No início, tinha um salário bruto de R$ 5.353. No entanto, de acordo com o Portal da Transparência do Senado, os vencimentos mais recentes de Léo Índio chegavam a R$ 22.943.
Em uma publicação nas redes sociais à época em que foi nomeado, Léo Índio havia enaltecido o político. "O Senador Chico Rodrigues, assim como eu, é parte dessa multidão que confia no projeto do nosso Presidente e, a partir de hoje, juntos, não mediremos esforços para honrar a missão de servir ao País, especialmente ao Estado de Roraima. Agradeço ao Senador pela confiança em mim depositada, sentimento que quero ser digno de despertar em todos que apoiam minha família", escreveu.