O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) usou a maior parte do tempo de seu pronunciamento semanal pelas redes sociais para se explicar nesta quinta-feira.
Depois de seu aliado, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), ser flagrado pela Polícia Federal com R$17,9 mil na parte de trás da cueca, Bolsonaro voltou a alegar que não existe corrupção em seu governo. Porém, reduziu 'o governo' aos ministros de estado e presidentes de estatais e de bancos públicos.
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A tônica da live desta quinta-feira foi a tentativa de fazer propaganda do combate à corrupção no governo Bolsonaro. Para isso, durante a transmissão, o presidente estava acompanhado do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça e de Wagner de Campos Rosário, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU).
Durante o pronunciamento, Bolsonaro evitou citar o nome de Chico Rodrigues e tentou o tempo todo, se desvincular do parlamentar, vice-líder do governo no Senado.
“Alguns querem dizer que o caso em Roraima tem a ver com meu governo porque ele é meu vice-líder. Tenho 18 vice-líderes no Congresso; 15 na Câmara, que foram indicados pelos lideres partidários e três no Senado, que é de comum acordo. Esse senador desse caso em Roraima gozava do prestígio e carinho de quase todos. Nunca vi ninguém falar nada contra ele. Aconteceu esse caso? Lamento”, disse o presidente.
Operação da Polícia Federal
Na manhã desta quinta-feira, agentes da Polícia Federal realizaram busca e apreensão na residência do senador Chico Rodrigues, até então vice-líder do governo Bolsonaro no Senado.
Em um cofre na casa do parlamentar, a polícia encontrou R$ 10 mil e US$ 6 mil e mais R$17,9 mil na parte de trás da cueca do senador.
A Polícia Federal encaminhou um relatório da operação ao Supremo Tribunal Federal preferiu não mostrar o vídeo da apreensão 'para evitar maiores constrangimentos' ao político.
De acordo com o relato, em dado momento, Chico Rodrigues pediu para ir ao banheiro. Porém, o delegado Wedson Cajé percebeu que havia um grande volume, em formato retangular, na parte traseira das vestes do senador.