A prisão de Ronaldo Batista (PSC), vereador de Belo Horizonte, na manhã dessa quinta-feira, foi ignorada pelos colegas parlamentares da Câmara Municipal da capital mineira. Durante a reunião ordinária do mesmo dia, que aconteceu durante a tarde, depois da detenção, não houve nenhum comentário sobre o fato.
Entre os assuntos relevantes, dois temas dominaram a discussão dessa quinta: reclamação pelo valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e homenagens a professores. Quem se queixou do preço do imposto foi Preto (Democratas).
Em seguida, vieram as homenagens aos professores. Elas foram feitas por Arnaldo Godoy (PT), Pedro Bueno (Cidadania), Bella Gonçalves (Psol), Gilson Reis (PCdoB) e Cida Falabella (Psol), por causa do Dia do Professor, em 15 de outubro.
Após a pontuação de Falabella, a reunião foi encerrada por falta de quórum, já que somente 15 dos 41 parlamentares de BH marcaram presença durante verificação. Jorge Santos (Republicanos) e Pedrão do Depósito (Cidadania) também não assinalaram presença no início do encontro.
Agora, a próxima reunião ordinária da Câmara Municipal de BH será realizada somente em 4 de novembro, a partir das 14h30. Devido à pandemia do novo coronavírus, o Legislativo belo-horizontino tem funcionado de forma mista, com atuação presencial ou remota dos parlamentares.
O Estado de Minas falou com o corregedor da Câmara, o vereador Bim da Ambulância (PSD). Ele afirmou que vai conversar com a presidente do Legislativo, a parlamentar Nely Aquino (Podemos), sobre a possibilidade de abertura de um processo de cassação. Na visão de vereadores ouvidos pela reportagem, a instalação de uma comissão de procedimento para analisar o caso pode ser importante, inclusive, para que Batista possa se defender.