A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata Mineira, um homem de 52 anos suspeito de matar a própria mãe, de 75, com duas machadadas na cabeça.
Segundo o delegado regional em Ubá, Diêgo Candian Alves, as investigações indicaram que o homem estava drogado no momento do homicídio. O próprio suspeito acionou o SAMU, alegando que sua mãe havia sofrido um tombo.
“O fato que nos chamou a atenção não foi apenas a motivação torpe e o requinte de crueldade perpetrado pelo investigado, ao usar um machado e desferir golpe na região craniana da vítima, pessoa idosa, mas também a audácia daquele em acionar socorro, visando simular que a vítima havia sofrido uma queda, quando, na realidade, foi assassinada pelo próprio filho. Segundo o homem, ele estava drogado na data do fato”, explica.
O homicídio ocorreu no dia 8 de outubro e o mandado de prisão foi cumprido nessa quinta-feira (15). Na data do crime, a Polícia Militar e o SAMU atenderam ao chamado para socorrer a vítima, mas ao chegarem ao local, encontraram a idosa já sem vida.
“Diante das informações, a equipe de socorro se deslocou até o local e, ao entrar na residência, deparou-se com a vítima deitada em bruços, no chão da sala, já aparentando estar sem vida e com múltiplos ferimentos na cabeça. Posteriormente, o investigado teria informado que foi até a residência da vítima para ir ao banheiro, momento em que se deparou com sua mãe deitada no chão da sala, com um grande sangramento, desacordada e com um ferimento na cabeça”, disse o delegado.
Ainda segundo a autoridade policial, familiares contestaram a versão do suspeito. “Os familiares deram falta do dinheiro, tudo levando a crer que essa quantia teria sido também subtraída pelo homem, pois ele tinha o hábito de subtrair valores de sua mãe para comprar drogas. Ao empreenderem diligências no local do crime, os investigadores também conseguiram localizar e apreender o machado utilizado no delito, bem como as roupas do suspeito, que apresentavam marcas de sangue da vítima”, completou o delegado.
Ficha criminal
De acordo com a Polícia Civil, o homem, que já tem passagem policial por crime de homicídio, será indiciado pelo crime de latrocínio (roubo com resultado morte). Ele está preso temporariamente.
“O prazo da prisão temporária é de 30 dias, por se tratar de crime hediondo, podendo ser prorrogado por mais 30 dias e, logo em seguida, será representada à Justiça pela conversão da prisão temporária em prisão preventiva”, explica o delegado responsável pelo caso.
“O prazo da prisão temporária é de 30 dias, por se tratar de crime hediondo, podendo ser prorrogado por mais 30 dias e, logo em seguida, será representada à Justiça pela conversão da prisão temporária em prisão preventiva”, explica o delegado responsável pelo caso.