O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta segunda-feira (19) que se a atuação do governo federal na pandemia fosse ampliada, o número de mortes pela COVID-19 no Brasil seria menor. O chefe do Executivo federal também ligou o lema "fique em casa", amplamente divulgado durante a crise na saúde pública para conscientizar a população, à corrupção.
"O pânico se fez presente até no núcleo dos Poderes, em Brasília. Decisões foram tomadas. Creio eu, se eu tivesse como ajudar na condução dessa questão (a pandemia), os danos, as mortes seriam muito menores em números", disse, em pronunciamento após a divulgação do estudo clínico com o uso do medicamento nitazoxanida em pacientes infectados pelo vírus.
#AoVivo: Presidente @jairbolsonaro participa do anúncio do resultado do Estudo Clínico COVID-19, do @mctic. Acompanhe: https://t.co/CUG185Y3E6
%u2014 Planalto (@planalto) October 19, 2020
Ainda na ocasião, o presidente voltou a atacar os defensores do isolamento social, uma das principais medidas comprovadas cientificamente contra a proliferação da virose.
"O 'fique em casa' não era para aquela pessoal não contrair o vírus. Era para que ela, um dia, ao contrair, fosse alocado esse tempo para que não houvesse filas em hospitais, amontoamento de pessoas", afirmou o presidente.
E ligou o lema ao superfaturamento na compra de respiradores.
"Com aquela história (de) 'fique em casa' e, quando tiver falta de ar, você procura um médico... Será que não era para se comprar a toque de caixa respiradores com preços mais do que abusivos? Passando de 30 para mais de 200 mil reais cada um? A história vai mostrar quem estava com a razão", completou Jair Bolsonaro.
Números
O Brasil é o segundo país do mundo em números absolutos de mortes por COVID-19, perdendo apenas para os Estados Unidos. Em número de casos, perde também para a Índia.
Conforme o balanço mais recente do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda (19), o país registra 5.250.727 casos confirmados da doença, além de 154.176 mortes.