Alinhamento às ideias do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), defesa do conservadorismo nos costumes e da dita “família tradicional”, além de materiais de campanha nas cores da bandeira do Brasil: elementos que dão o tom de duas candidaturas à Prefeitura de Belo Horizonte. Bruno Engler (PRTB) e Lafayette Andrada (Republicanos) tentam colar suas imagens ao chefe do Executivo nacional para decolar na corrida eleitoral.
Aos 23 anos, o deputado estadual do PRTB diz enfatizar ser próximo a Bolsonaro por “coerência”. “Sou uma pessoa de direita, conservadora, e me elegi deputado em cima da plataforma bolsonarista. A plataforma que quero levar à prefeitura é de direita, do presidente. Quem votar em mim, está votando em alguém que pensa e age como Bolsonaro’, afirma Engler, em primeiro mandato na Assembleia Legislativa.
Parlamentar federal desde o ano passado, Lafayette também aposta na semelhança de pensamentos com o presidente. “Quero mostrar que tenho alinhamento de ideias e programático com o governo de Bolsonaro. Tenho amizade por ele e os filhos dele são filiados ao meu partido”, aponta.
Segundo a mais recente pesquisa do Ibope, Engler tem 2% das intenções de voto, enquanto Lafayette soma 1%. Ambos estão muito longe de Alexandre Kalil (PSD), que tenta a reeleição e possui 59%.
O candidato do Republicanos não se mostra temeroso com a possibilidade de “dividir” votos com Engler. “Bolsonaro não tem só um amigo no Brasil inteiro”, sustenta, reconhecendo a proximidade entre o rival e o presidente da República.
“O eleitor belo-horizontino não é bobo. Está bem claro quem é o candidato do Bolsonaro nesta eleição. Tenho o apoio do presidente Jair Bolsonaro e da família Bolsonaro. Isso já foi deixado claro em lives e no vídeo que ele gravou, dizendo que, se votasse em Belo Horizonte, votaria em mim”, rebate o deputado estadual.
Nem todos os candidatos em BH veiculam inserções gratuitas nas estações de rádio e televisão. A regra, que começou a valer a partir deste ano, leva em consideração o desempenho das legendas no pleito anterior. Os baixos resultados do PRTB deixaram Engler fora do horário eleitoral. Lafayette, por outro lado, dispõe de 38 segundos em cada um dos dois blocos diários de 10 minutos.
Em seus comerciais, ele passou a enfatizar o fato de ser filiado ao “partido da família Bolsonaro”. Embora o líder do clã esteja sem legenda — e concentrado em criar a Aliança pelo Brasil —, Flávio (senador) e Carlos (vereador no Rio de Janeiro) integram o Republicanos. Eduardo, que é deputado federal, ainda está no PSL, última agremiação a abrigar o presidente.
O Estado de Minas questionou o candidato sobre possíveis prejuízos que a associação a Flávio Bolsonaro, investigado pela Justiça por supostas ‘rachadinhas’ de salário cometidas enquanto era deputado federal fluminense, pode causar. Lafayette, contudo, diz que a sigla abriga outros nomes ligados ao presidente, como Rogéria Bolsonaro, ex-esposa de Jair, e que tenta voltar à Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
“Não vinculei meu nome ao Flávio. Tenho vinculado meu nome à presidência da República, ao conteúdo programático do governo que ele utiliza. Vamos adotar, em Belo Horizonte, algo semelhante. É o partido da família Bolsonaro. É mais de um filho e a mãe de um dos filhos dele”, argumenta.
A estratégia de Lafayette é questionada por Engler, que chama o apelo à questão partidária de “contorcionismo de palavras”. “Lafayette fez um contorcionismo de palavras. Ele está se valendo do fato de que tem tempo de televisão, e eu não, para dialogar com as pessoas que não me conhecem e tentar convencê-las de que ele é o candidato da família Bolsonaro. Cabe a mim e à minha campanha fazer chegar ao conhecimento das pessoas que eu sou o candidato mais alinhado e tenho o apoio da família Bolsonaro”, observa.
O alinhamento ao governo federal, sustenta Lafayette, é fundamental para a concretização de obras propostas por sua campanha, como o monotrilho e a abertura de uma via ligando o Belvedere ao Sion. “São por recursos para fazermos obras importantes que Belo Horizonte precisa, de contenção de recursos e mobilidade”.
As duas campanhas também coincidem nas cores escolhida para os materiais de divulgação: o verde e o amarelo, que preenchem a bandeira do Brasil. Os tons foram utilizados por Bolsonaro durante a eleição presidencial vencida por ele. O chefe do Executivo nacional é conhecido por enaltecer constantemente os símbolos nacionais.
Lafayette diz ter feito questão de colocar o verde e amarelo em sua campanha, mesmo se tratando de uma disputa local. “Também sou patriota. Verde amarelo são as cores da pátria e, também, do meu partido”. Apesar de também se reconhecer patriota,
Engler admite que as cores foram “inspiradas” na campanha bolsonarista. “É para ressaltar que é uma campanha patriota, de pessoas que amam o país, e também, essa aproximação com o presidente Bolsonaro, que é uma figura muito patriota, valoriza nossa bandeira, grande símbolo nacional, e está sempre usando verde e ama”, pontua.
Os símbolos utilizados por ele, aliás, também remetem à campanha do presidente. Assim como Bolsonaro, Há ênfase à letra B — de Bruno — e ao número de sua legenda na urna eletrônica.
Lafayette faz, também, outra tentativa de “juntar” sua imagem aos ideais propagandeados por Bolsonaro: seus reclames televisivos têm, no início e no fim, um locutor exaltando tratar-se de uma candidatura “em defesa da família”. O Republicanos, vale ressaltar, é um partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).
Aos 23 anos, o deputado estadual do PRTB diz enfatizar ser próximo a Bolsonaro por “coerência”. “Sou uma pessoa de direita, conservadora, e me elegi deputado em cima da plataforma bolsonarista. A plataforma que quero levar à prefeitura é de direita, do presidente. Quem votar em mim, está votando em alguém que pensa e age como Bolsonaro’, afirma Engler, em primeiro mandato na Assembleia Legislativa.
Parlamentar federal desde o ano passado, Lafayette também aposta na semelhança de pensamentos com o presidente. “Quero mostrar que tenho alinhamento de ideias e programático com o governo de Bolsonaro. Tenho amizade por ele e os filhos dele são filiados ao meu partido”, aponta.
Segundo a mais recente pesquisa do Ibope, Engler tem 2% das intenções de voto, enquanto Lafayette soma 1%. Ambos estão muito longe de Alexandre Kalil (PSD), que tenta a reeleição e possui 59%.
O candidato do Republicanos não se mostra temeroso com a possibilidade de “dividir” votos com Engler. “Bolsonaro não tem só um amigo no Brasil inteiro”, sustenta, reconhecendo a proximidade entre o rival e o presidente da República.
“O eleitor belo-horizontino não é bobo. Está bem claro quem é o candidato do Bolsonaro nesta eleição. Tenho o apoio do presidente Jair Bolsonaro e da família Bolsonaro. Isso já foi deixado claro em lives e no vídeo que ele gravou, dizendo que, se votasse em Belo Horizonte, votaria em mim”, rebate o deputado estadual.
“Partido da família Bolsonaro”
Nem todos os candidatos em BH veiculam inserções gratuitas nas estações de rádio e televisão. A regra, que começou a valer a partir deste ano, leva em consideração o desempenho das legendas no pleito anterior. Os baixos resultados do PRTB deixaram Engler fora do horário eleitoral. Lafayette, por outro lado, dispõe de 38 segundos em cada um dos dois blocos diários de 10 minutos.
Em seus comerciais, ele passou a enfatizar o fato de ser filiado ao “partido da família Bolsonaro”. Embora o líder do clã esteja sem legenda — e concentrado em criar a Aliança pelo Brasil —, Flávio (senador) e Carlos (vereador no Rio de Janeiro) integram o Republicanos. Eduardo, que é deputado federal, ainda está no PSL, última agremiação a abrigar o presidente.
O Estado de Minas questionou o candidato sobre possíveis prejuízos que a associação a Flávio Bolsonaro, investigado pela Justiça por supostas ‘rachadinhas’ de salário cometidas enquanto era deputado federal fluminense, pode causar. Lafayette, contudo, diz que a sigla abriga outros nomes ligados ao presidente, como Rogéria Bolsonaro, ex-esposa de Jair, e que tenta voltar à Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
“Não vinculei meu nome ao Flávio. Tenho vinculado meu nome à presidência da República, ao conteúdo programático do governo que ele utiliza. Vamos adotar, em Belo Horizonte, algo semelhante. É o partido da família Bolsonaro. É mais de um filho e a mãe de um dos filhos dele”, argumenta.
A estratégia de Lafayette é questionada por Engler, que chama o apelo à questão partidária de “contorcionismo de palavras”. “Lafayette fez um contorcionismo de palavras. Ele está se valendo do fato de que tem tempo de televisão, e eu não, para dialogar com as pessoas que não me conhecem e tentar convencê-las de que ele é o candidato da família Bolsonaro. Cabe a mim e à minha campanha fazer chegar ao conhecimento das pessoas que eu sou o candidato mais alinhado e tenho o apoio da família Bolsonaro”, observa.
Semelhantes, propostas estão alinhadas ao Planalto
Bruno Engler e Lafayette Andrada propõem intervenções semelhantes em Belo Horizonte. Ambos defendem a implantação das escolas cívico-militares, modelo que tem a simpatia de Bolsonaro. Os candidatos propõem, ainda, mudanças na guarda municipal: enquanto o postulante do Republicanos quer aumentar o efetivo da corporação por meio do alistamento facultativo de jovens, o representante do PRTB deseja ampliar a atuação da instituição na segurança municipal.O alinhamento ao governo federal, sustenta Lafayette, é fundamental para a concretização de obras propostas por sua campanha, como o monotrilho e a abertura de uma via ligando o Belvedere ao Sion. “São por recursos para fazermos obras importantes que Belo Horizonte precisa, de contenção de recursos e mobilidade”.
"São bandeiras que o presidente Bolsonaro defendeu na campanha e defende ao longo mandato", salienta o outro concorrente
Apelo ao verde e amarelo
As duas campanhas também coincidem nas cores escolhida para os materiais de divulgação: o verde e o amarelo, que preenchem a bandeira do Brasil. Os tons foram utilizados por Bolsonaro durante a eleição presidencial vencida por ele. O chefe do Executivo nacional é conhecido por enaltecer constantemente os símbolos nacionais.
Lafayette diz ter feito questão de colocar o verde e amarelo em sua campanha, mesmo se tratando de uma disputa local. “Também sou patriota. Verde amarelo são as cores da pátria e, também, do meu partido”. Apesar de também se reconhecer patriota,
Engler admite que as cores foram “inspiradas” na campanha bolsonarista. “É para ressaltar que é uma campanha patriota, de pessoas que amam o país, e também, essa aproximação com o presidente Bolsonaro, que é uma figura muito patriota, valoriza nossa bandeira, grande símbolo nacional, e está sempre usando verde e ama”, pontua.
Os símbolos utilizados por ele, aliás, também remetem à campanha do presidente. Assim como Bolsonaro, Há ênfase à letra B — de Bruno — e ao número de sua legenda na urna eletrônica.
Lafayette faz, também, outra tentativa de “juntar” sua imagem aos ideais propagandeados por Bolsonaro: seus reclames televisivos têm, no início e no fim, um locutor exaltando tratar-se de uma candidatura “em defesa da família”. O Republicanos, vale ressaltar, é um partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).
Eleições 2020: como votar, datas e horários
O primeiro turno das eleições 2020 será em 15 de novembro e, caso seja necessário no seu município, o segundo turno será realizado em 29 de novembro de 2020. Nestas eleições, o horário de votação é das 7h às 17h. O horário entre 7h e 10h é preferencial para maiores de 60 anos.
Com as novas medidas diante da pandemia do coronavírus, preparamos um guia com tudo que você precisa saber para votar nas eleições 2020.
O que muda nas eleições 2020?
Muitas mudanças foram feitas pela Justiça Eleitoral para os candidatos a prefeito e vereador durante o período eleitoral de 2020. Além disso, os eleitores também terão de se adaptar às novas normas para os dias de votação, como a abertura antecipada das seções eleitorais e as regras de higiene que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Como justificar o voto nas eleições 2020?
Os eleitores poderão optar por justificar o voto de três formas:
- No dia das eleições: o eleitor que estiver fora de sua cidade pode justificar a ausência em qualquer local de votação, das 7h às 17h. O eleitor deverá ter o número do título, um documento oficial de identificação e o formulário de justificativa preenchido.
- Depois das eleições: preenchendo o formulário de justificativa em qualquer cartório eleitoral ou posto de atendimento ao eleitor em até 60 dias após a votação.
- A justificativa também poderá ser feita no aplicativo e-Título.
Eleições 2020 em Belo Horizonte
Na capital mineira, 15 candidatos disputam as eleições para prefeito. Conheça quem são os candidatos e o perfil de cada na corrida rumo à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Já para vereador, Belo Horizonte conta com mais de 1,5 mil candidatos. Alguns apostaram em apelidos e codinomes bem inusitados para conseguir votos.
Para acompanhar a cobertura completa das eleições em BH, acesse nosso especial.
Para saber mais sobre as Eleições 2020 em Minas Gerais, leia também a cobertura completa das eleições na Grande BH e nas regiões Centro-Oeste, Leste, Norte, Sul de Minas, Triângulo Mineiro e Zona da Mata.