A Justiça Eleitoral indeferiu nesta quarta-feira (21), em primeira instância, a candidatura de Carlinhos Rodrigues (PDT) pelo cargo de prefeito em Nova Lima, cidade da Região Metropolitana de BH (RMBH). Carlinhos foi prefeito da cidade por duas vezes.
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“Em face das decisões transitadas em julgado, o impugnado está com seus direitos políticos suspensos”, afirmou a magistrada.
Carlinhos foi condenado em 2012, por ter contratado uma construtora sem abrir licitação enquanto era prefeito de Nova Lima. Já em 2015, o ex-prefeito foi também condenado por superfaturamento na compra de um veículo para a prefeitura.
Carlinhos Rodrigues ainda possui outra condenação criminal por utilizar em proveito próprio recursos que seriam destinados a um convênio firmado entre a cidade de Nova Lima e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Em um vídeo postado nas redes sociais, Carlinhos Rodrigues, também conhecido como 'o professor', afirmou que o indeferimento já era esperado. "Já temos recursos impetrados junto ao Tribunal de Justiça e junto à Justiça Federal que irão nos liberar para a continuidade de registro e disputa das eleições", disse.
Carlinhos também comemorou a liberação por parte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) dos recursos do fundo partidário que haviam sido bloqueados, e garantiu que sua campanha continua até o dia 15 de novembro.
Através de nota, a Coligação Nova Lima de Todas e Todos afirmou que o Ministério Público já havia impugnado anteriormente a candidatura de Carlinhos Rodrigues, e que a decisão da impugnação coube ao juízo eleitoral de Nova Lima.
Pedido de indeferimento e acusação de fake news
Pela segunda vez, durante as eleições deste ano, o atual vice-prefeito e candidato João Marcelo Dieguez se envolveu em embates e acusações. Na última sexta-feira (16), João Marcelo foi acusado de participar da disseminação de fake news contra o também candidato Wesley de Jesus.
Segundo a notícia-crime entregue pela equipe de campanha de Wesley de Jesus, o autor do áudio que circulava pelas redes sociais acusando Wesley de obrigar motoristas de uma cooperativa que presta serviço para a prefeitura de Nova Lima a participarem de uma carreata teria sido produzido pela equipe de João Marcelo.
No áudio, a voz do suposto motorista estava distorcida. A perícia contratada por Wesley de Jesus atestou que a voz que fazia as acusações era na verdade de Leonardo Ângelo Costa Ribeiro, chefe de gabinete de João Marcelo.
Em live realizada nesta quinta-feira (22), o vice-prefeito se defendeu das acusações. Segundo o candidato, o que existe é somente um pedido de investigação e uma perícia contratada pela equipe de Wesley de Jesus.
“Qualquer um que conhece o Léo, sabe que aquela voz não é dele. Já contratamos uma perícia que vai provar a inocência do Léo. Isso é crime contra a honra, nós não vamos aceitar. Não vamos abaixar a cabeça, vamos seguir em frente com coragem”, afirmou João Marcelo.