O prefeito de Congonhal, no Sul de Minas, se afastou do cargo por um dia nessa quarta-feira (21). Isso teria acontecido porque tramitava na prefeitura o projeto de um loteamento que pertence ao chefe do executivo Rubens Vilela dos Santos Junior (PTB), conhecido como Junior.
O vice-prefeito Mauro Pereira da Silva (PP), tomou posse interinamente na noite de terça-feira (20) durante sessão na Câmara Municipal.
De acordo com o vereador Renato Silva (PMDB), a iniciativa foi inusitada porque qualquer projeto desse tipo precisa passar pelo setor jurídico da prefeitura, independente de quem seja o dono, por isso ele poderia ter ficado no cargo.
“Foi uma atitude curiosa porque não há impedimento legal ou moral para isso. Se houvesse irregularidade no processo, o setor jurídico teria que apontar e ele não poderia aprovar”, afirma o vereador.
A reportagem procurou o prefeito, que voltou às atividades nesta quinta-feira (22), mas ele não retornou as ligações e não respondeu as mensagens. Junior teria informado à Câmara que o objetivo da decisão era garantir maior isenção no despacho de aprovação do loteamento.
(Helena Lima/ Especial para o EM)