O Barreiro é uma cidade dentro da cidade, como costumam dizer os moradores da região. Mais de 380 mil habitantes, 102 bairros, seis ocupações urbanas e uma produção cultural efervescente. No entanto, se os números impressionam pela grandeza, os problemas são também superlativos.
Quatro candidatos à prefeitura da capital cumpriram agenda na região, nesta manhã de sábado (24), com o propósito de alcançar um dos maiores colégios eleitorais da capital: Áurea Carolina (Psol), Bruno Engler (PRTB), Fabiano Cazeca (Pros) e Luisa Barreto (PSDB). "O Barreiro decide eleição. É importante vir aqui para passar a nossa mensagem. Uma boa votação no Barreiro impulsiona qualquer candidato para o segundo turno ou a vitória", afirmou Bruno.
Os candidatos enfrentaram as chuvas, nesta manhã de sábado. Áurea visitou e almoçou na Ocupação Eliana Silva, onde se encontrou com lideranças das ocupações Elina Silva, Paulo Freire e Nelson Mandela. A candidata defendeu que é necessário implementar mesmo padrão de políticas públicas para todas as regiões da cidade. Criticou as desigualdades regionais na capital e apresentou propostas de enfrentamento das desigualdades, como a correção de investimentos e na política tributária para que a região possa ter melhor acesso aos serviços públicos, como saúde e educação.
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“Defendemos um orçamento igualitário e destinação de investimento de forma participativa para todas as regiões da cidade, para ter o mesmo padrão de política pública, de manutenção de limpeza, de saneamento básico, de prestação do serviço de saúde, educação, entre outros”, disse.
Áurea também ressaltou que é importante a regularização fundiária dos territórios das ocupações. “Temos que garantir a infraestrutura urbana para que esses territórios tenham acesso a todos os direitos fundamentais”, argumentou.
Áurea também ressaltou que é importante a regularização fundiária dos territórios das ocupações. “Temos que garantir a infraestrutura urbana para que esses territórios tenham acesso a todos os direitos fundamentais”, argumentou.
Bruno, depois de fazer panfletagem nos bairros, inaugurou um comitê na região. "Demos sorte. Até chegar ao comitê não estava chovendo. Conseguimos fazer uma caminhada, conseguimos inaugurar o comitê. Depois viemos para a Vila Pinho, já de baixo de chuva, mas a chuva não está forte, conseguimos conversar com as pessoas na rua", informou.
Ele defendeu a aproximação do poder público das regionais. A proposta é transformar as regionais em subprefeituras com maior autonomia e agilidade para resolver os problemas da população. Defendeu também a instalação de centros integrados de segurança pública nas regionais e de unidades do BH Resolve nas regionais. "É uma forma de as pessoas terem a prefeitura mais próxima de suas casas", disse.
Ele defendeu a aproximação do poder público das regionais. A proposta é transformar as regionais em subprefeituras com maior autonomia e agilidade para resolver os problemas da população. Defendeu também a instalação de centros integrados de segurança pública nas regionais e de unidades do BH Resolve nas regionais. "É uma forma de as pessoas terem a prefeitura mais próxima de suas casas", disse.
Luísa conversou com comerciantes e com os moradores da região. “As demandas são muito simples. Em primeiro lugar os comerciantes pedem mais diálogo por parte da prefeitura e mais apoio. Eles sofreram muito por conta da pandemia e não encontram ajuda por parte da prefeitura”.
A candidata afirmou que ouviu muitas queixas em relação ao transporte público, considerado “muito caro”. “Vamos criar o centro de recuperação de negócios para ajudar os comerciantes, fornecendo a ele apoio institucional da prefeitura e desburocratizando a cidade. Para todo mundo que mora aqui e trabalha aqui vamos promover a tarifa flexível que vai reduzir o valor da passagem de ônibus para que possam trafegar nos horários em que os ônibus estão mais vazios”, disse.
A candidata afirmou que ouviu muitas queixas em relação ao transporte público, considerado “muito caro”. “Vamos criar o centro de recuperação de negócios para ajudar os comerciantes, fornecendo a ele apoio institucional da prefeitura e desburocratizando a cidade. Para todo mundo que mora aqui e trabalha aqui vamos promover a tarifa flexível que vai reduzir o valor da passagem de ônibus para que possam trafegar nos horários em que os ônibus estão mais vazios”, disse.
DESAFIO DO TAMANHO DE UMA CIDADE
O produtor cultural Fabrício dos Santos, Mano Bill, que milita no movimento hip hop há 23 anos, afirma que o Barreiro contribui, sob a forma de tributos, serviços e produção cultural para a capital. No entanto,o retorno em ações públicas para a região fica a desejar. Em 2018, os grupos locais, depois de um encontro das juventudes, elaborou um documento com 250 demandas nos eixos de mobilidade, cultura, em especial a literatura, e ações sociais.
Entre as propostas, estavam a construção de um teatro público e a instalação da tão sonhada linha de metrô, ligando a região ao Centro. No entanto, dois anos depois, as reivindicações ainda não foram atendidas. “O Barreiro é uma cidade dentro de BH, mas temos muitas mazelas não cumpridas e sanadas”, argumentou.
Entre as propostas, estavam a construção de um teatro público e a instalação da tão sonhada linha de metrô, ligando a região ao Centro. No entanto, dois anos depois, as reivindicações ainda não foram atendidas. “O Barreiro é uma cidade dentro de BH, mas temos muitas mazelas não cumpridas e sanadas”, argumentou.
Mano Bill afirmou que é necessário que o futuro prefeito tenha atenção às ocupações que reúnem cerca de 5 mil moradias na região. Ele lembra que as ocupações costumam ser atingidas pelas chuvas, o que traz muitos prejuízos e transtornos. A região sofre com problemas estruturais das Bacias do Rio Arrudas, como enchentes na Avenida Teresa Cristina, por exemplo.
“Aqui tem tudo. Não precisamos ir ao Centro para nada. Mas a devolutiva do poder público é muito pouca. Fica desnivelado o que o Barreiro dá para a cidade e o que volta para cá. A região se sente abandonada e invisível. É preciso um novo olhar para o Barreiro, que só está crescendo”
Outro problema é o transporte público. Mano Bill defende que a linha de metrô resolveria o problema de mobilidade não só para a população do Barreiro, mas de cidades vizinhas como Ibirité, Sarzedo e Brumadinho.